A Jeito Para o Cutelo

Não exerço qualquer das profissões apontadas, nem tenho interesses familiares que condicionem o meu juízo. Pelo que me sinto à vontade para exprimir a minha revolta contra a vulnerabilidade a que chegámos, nem tanto a entrevista na facilidade com que certos senhores de fora se permitem sugerir cortes que afectam as vidas de vastíssimos estratos profissionais, mas, sobretudo, na sobranceria com que, sem paninhos quentes, dizem excessivas as retribuições que eles auferem. É a triste consequência de, neste Jardim à beira-mar plantado, a condição Soberana ter passado a ser monopólio da Dívida.
                                              A Loja dos Carniceiros, de Anibale Carracci

3 comentários:

  1. Muito bem. A Soberania passou a ser "descontada" na Dívida (financeira). Por mil vezes menos a Alemanha declarou guerra à sua inibição de auto-suficiência, política.

    ResponderEliminar
  2. O mais aterrador, Querido Paulo, é que foi o nosso próprio governo que lhes fez a encomenda, e isso é que é verdadeiramente humilhante.

    Beijinho

    ResponderEliminar
  3. Pois é, Meu Caro João, mas os Alemães, mesmo com todas as condicionantes da culpabilidade dos vencidos, não deixaram de interessar-se pelo que são, ou os faz...

    Querida Ariel,
    é-o, sem dúvida. E por tanto intitulei da maneira que vê.

    Beijinho e abraço

    ResponderEliminar