Árvore da Sabedoria

Neste Natal de tristezas acrescidas, uma decoração me prendeu, em especial: a da Biblioteca Municipal de Cascais, a qual bem comporta o nome idêntico à do Antigo Testamento. Todavia, não por atrair à degustação dos respectivos frutos em função das ambições transformadoras que enganosamente se dissessem capazes de fazer a Espécie superar-se e igualar o Inigualável; sim, pelo esforço de cultivo da terra arável que é o Espírito, de forma a crescer, compenetrada da respectiva condição. Infelizmente, numas poucas conversas que ouvi, a motivação principal da requisição de livros, nestes tempos do fim, não vai sendo tanto a progressão interior que dignifique, mas a busca de consolo que abstraia das cada vez maiores dificuldades e contingências. Para um velho amante deles, todos os caminhos serão bons para chegar ao Livro. Mas não chegará a monomania da produtividade e da ampliação das Receita com estratagemas fáceis à tentação de impor taxas moderadoras também neste campo? O que talvez se revelasse muito mais desincentivador do que a primeva proibição do Fruto. Seja como for, acabei por encontrar uma similitude, onde, primeiramente, só me saltaram à vista diversidades: quer pelo conhecimento do Mal de outrora, quer pelo sofrimento da desilusão inerente à Experiência que suportamos e busca do lenitivo, qualquer das duas plantadas imponências nos compenetrou duma perda da inocência.

2 comentários:

  1. rudolfo moreira10/01/13, 14:05

    agora ao desmontarem a árvore há outro sentido e outra estação para as Folhas Caídas

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  2. Num País invariavelmente invernoso, esperemos que os ramos desta árvore não se revelem despidos... de interesse, Meu Caro Rudolfo.

    Abraço

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