Desgosta-me que a tatuagem haja extravasado dos meios que lhe colavam bem, como o criminal, em que substituía sem tanta dor o ferrete infamante, ou o de certos grupos combatentes, na função de avivar a memória e estreitar os laços. A decoração do corpo feminino, por vezes pletórica, surge-me sempre como o propósito inexplicável de melhorar a Perfeição conceptual. Vai daí, reconheço inteira razão à Holandesa que diz representarem a época actual as figurações dos adicionados de Facebook com que decidiu preencher o braço.
Mas se o concedo, é, sobretudo, pelo que nos elucida acerca da ligeireza da Amizade que é o entendimento predominante. Desde sempre se denegriu tão nobre vínculo, os Gregos Antigos diziam-na a sombra de uma sombra. Mas já Montherlant notava que tinham sido os mesmos a elevá-la aos píncaros, como ninguém mais.
Hoje estamos pior um pouco. A própria auto-interventora da sua pele esclarece que nem todos os amigos do Face que em si gravou são, afinal, seus Amigos. Torna-se desnecessário precisar mais o conceito: foi uma mera tentativa de entranhar o combate à solidão. Depois da pesca com a rede, tentou conservá-los à antiga, dando sal às relações. Pelo menos neste campo, uma estratégia mais promissora do que congelá-las...
Fiquei completamente facebocada com a terrivel solidão que habita a pobre holandesa...
ResponderEliminarBeijinho Querido Paulo
Novo forum nacional:
ResponderEliminarhttp://www.forumnacionalista.com/
ACÇÃO ACÇÃO LUTAR PELA NAÇÃO
Neste caso, se calhar, é melhor não ter muitos amigos... a epiderme agradece! Povo estranhíssimo.
ResponderEliminarForte abraço, Caríssimo Paulo!
Querida Ariel,
ResponderEliminarnem quero pensar para onde se estenderão as gravações, caso ela continue a adicionar...
Caro Anónimo,
todos não seremos demais para tentar mudar Portugal.
Caríssimo Marcos,
sim, tanta amizade virtual impede que se respire bem por todos os poros...
Foi o dique do isolamento que rebentou.
Beijinho e abraços