Corre uma certa discussão na Pátria do Tio Sam sobre o bem-fundado da decisão directiva de certa escola, de retirar do contacto directo com os alunos uma professora que na juventude tinha protagonizado cinema pornográfico. O caso é bicudo, sem trocadilhos. Não compro as cautelas quanto à idoneidade moral, crendo no arrependimento: a visada passou anos a fio a dar aulas, sem suscitar queixas, constituiu família estável, parece fugir mais do passado do que aqueles que o censuram. E a mesma sociedade que põe criminosos condenados por pedofilia a reinserir-se no lugar de vigilantes em estabelecimentos de ensino parece não ter grande fundamento para recusar a docência a quem nem sequer cometeu um delito. Um cínico poderia mesmo dizer que leccionando a Senhora a cadeira de Ciências, teria um curriculum invejável na parte do programa dedicada à anatomia,Por outro lado, há o problema da autoridade sobre a turma. Apesar de não ter caído em qualquer comportamento inadequado, ao contrário da portuguesa que se deliciava em trazer conversa erótica para as aulas, esta residente do Missouri - e não Minnesota como a notícia borrou - pode estar sujeita à risota geral de cada vez que um fedelho menos respeitador traga o assunto à baila. Além de que não papo a conversa da excelente relação que ela mantém com a miudagem, afinal foram alguns deles que a vieram por este meio embaraçar.
É árduo tomar posição (outra vez, sem segundos sentidos). Posso é opinar que penso merecer investigação e eventual reprimenda o comportamento dos delatores. Não só porque não devemos formar ou encorajar bufos, mas porque esta preocupação moral se terá aproveitado do visionamento de filmes com demasiados Xs.
A imagem, de um modelo sem desvio equiparável, é Professora de Marlene Dumas.
É árduo tomar posição (outra vez, sem segundos sentidos). Posso é opinar que penso merecer investigação e eventual reprimenda o comportamento dos delatores. Não só porque não devemos formar ou encorajar bufos, mas porque esta preocupação moral se terá aproveitado do visionamento de filmes com demasiados Xs.
A imagem, de um modelo sem desvio equiparável, é Professora de Marlene Dumas.
Há dois lapsos. A notícia burrou e não borrou. E depois de saber em que filme ela entrou é óbvio que curiculum tem 3 letras a mais
ResponderEliminarRudolfo Moreira
Clap, Clap, Clap.
ResponderEliminarBeijinho Querido Paulo.
Eheheheh, como é que os gaiatos puderam furtar-se a uma perspectiva dessas? Ai a Juventude de hoje, Rudolfo...
ResponderEliminarQuerida Ariel,
vénia profunda antes do dito.
E um abraço para o Profundo Investigador do comentário de cima.
Paulo, perante a ressalva entre parêntesis: «outra vez sem segundos sentidos», fiquei a perguntar-me onde estaria, no seu post, a primeira vez sem segundos sentidos, que não dei por ela? ;-)))))
ResponderEliminarMas concordo com o castigo desses malandrins que, além de queixinhas, andaram a ver filmes que não eram para a sua idade.
Eu, hã, huuuuum, aaaaaa, pois, Querida Luísa, claro, devo ter visto a mais, tão enebriado estava pela reacção à traquinice lesiva dos pirralhos.
ResponderEliminarIsto de terem extinto o açoite do sistema educaztivo nunca poderia ter trazido bons resultados.
Beijinho