Julgava eu que aos escribas do regime faltava - entre muitas coisas - imaginação, pois nas constantes referências ao Estado Novo o que se lê é cantiga da ditadura e do ditador, em doses verdadeiramente cavalares. Pensei sugerir a estes iluminados que, doravante, qualificassem as ditaduras: a dos reis, a militar, a do Estado Novo, a dos partidos, dos políticos profissionais, do politicamente correcto, da contra-natura, etc. Assim ficávamos todos esclarecidos. Mas reconheço que me enganei. O melhor é que continuem - lépidos e fagueiros - a utilizar a sua taxinomia manhosa para o consulado de Salazar. Sim senhores: ditadura. Assim fica esta bem diferenciada daquilo - disto - que a substituiu: a tirania do número, ou, se preferirem, a dos partidos, dos políticos profissionais, do politicamente correcto, da contra-natura, etc.
Meu Caro Marcos,
ResponderEliminarno caso Salazarista têm uma desculpa, passaram quarenta anos a informar-se reciprocamente: «A Dita dura». O resto é aglutinação.
Abraço