Sou profundamente arredio a concordâncias com a opinião do ex-Secretário de Estado Pizarro, de um Serviço Nacional de Saúde excluir a lógica de um subsistema à parte para os Funcionários do Estado. Não sendo, nem tendo a mínima perspectiva de ser, um deles, acho que cada País deve recrutar para os seus serviços um grupo a que exija mais mas a que, numa recíprocidade de compromisso, atribua privilégios, embora as queixas que oiço acerca da ADSE dificilmente a possam manter entre aqueles. Jamais se deveria impingir o concurso para a Função Pública como um direito universal, antes os seus integrantes deveriam ser recrutados entre os que tivessem opções de conduta e presença na sociedade concordes com a dominante na Colectividade. O Estado deve indicar um caminho que prefere, pescando nos que o seguem as peças da sua máquina e outorgando-lhes compensações superiores às do vulgo, enfim, criar um Escol. O problema é que a cúpula que poderia conduzir um processo de selecção como o enunciado não tem unhas para tocar essa guitarra. E, só pensando em ganhos imediatos, está, como sempre é via fácil, a igualar por baixo, transformando cada vez mais, para todos os Portugueses, inclusivé os seus braços, a Saúde num fruto proibido. Que, ainda por cima, com o desgosto contínuo que a situação geral da Nação nos imprime, como factor de extensão da nossa passagem neste mundo em queda livre, cada vez é, ai de nós, menos apetecido.
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