Contra o Império do Cartão!

Nesta vertente
ou naquela outra
uma realidade que a Utopia que honra manda descartar. Sobre a necessidade de não nos deixarmos submergir pelo conformismo, escrevi:

OS PÍNCAROS DO UTOPISTA

Por embarcar a fundo no Irreal,
vai granjeando chã censura
que não honra os seus autores,
no vigente medíocre atolados.
A mania de sarar, por outros fados,
libertando de tão tristes senhores,
vem de aspirar ao que o reles fura
com abolição infrene do Actual.

É esse o seu erro e a sua glória:
crer na sã emenda dos vindouros
a partir dum intrincado modelo
em sofridas reflexões mastigado.
A Espécie, reincide, por outro lado,
tornando estéril o solitário desvelo,
dirige as forças a palpáveis ouros,
só no ganho de um vendo a vitória.

Mas tem o sonhador aura garantida
ao assumir o fardo da liderança.
O Exemplo fica ligado à Figura,
no tributo como pela hipocrisia.
A insistência algo louca na sua via
induz imagem de natureza pura
e arrasta pela avidez qualquer Pança.
D. Quixote cresceu, nessa medida.

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