Nunca vociferei contra desnudamentos, mas há duas ou três coisitas que me soam mal na iniciativa destas Mães Espanholas. Não, certamente, a renúncia aos trapos em troca do transporte para a miudagem, que vejo como uma sucessora natural e mais apressada da venda de rifas. Já estranho é como pode o expediente despoletar transportes nos graúdos. Comprar um calendário erótico com os corpos destas simpáticas Senhoras é trocar as profissionais por amadoras, além de que o conhecimento dos pormenores que o determinaram, segundo o consenso dos sexólogos, não parece de molde a huuuum motivar compras em massa, dado ser a encarnação da Maternidade o arquétipo masculino oposto ao da sedução.
Por outro lado, é expediente perigoso e pode ser prólogo à desculpação de outras utilizações do corpo, na eventualidade de a causa ser nobre. A exibição au naturel fazia sentido em campanhas contra as peles de animais no vestuário, quer pela renúncia que implicava, quer por desejar comover os algozes com a insinuação do sinistro presente na perspectiva de esfolar a própria Fémea. Até aceitaria a ideia de que seria um meio de, chocando, chamar a atenção para defesas apaixonadas, embora duvide de que, nos dias que se escoam, ainda muita gente se choque com tão pouco. Como fenómeno de angariação de fundos é que me parece inadequado. Até que descobri: nos tempos de austeridade forçada que atravessamos, as posses diminuíram e transformaram-se em poses. Tão simples...
Ehehheh. Bem observado!
ResponderEliminarPalpita-me que os jogos de futebol nos recreios daquela escola nunca mais vão ser o que eram! :)
Abraço
Sem dúvida, Meu Caro Pedro, a Mãe do árbitro deixará de ter o monopólio das referências entre jogadores e assistentes, com este exponencial aumento de concorrência...
ResponderEliminarAbraço