A vida, dificultada pelas más acções dos eleitos, traz à mole dos eleitores a depressiva raiva, por terem sido enganados. Estranho é que seja uma tomada de consciência hiperselectiva e sem critério, apenas incidindo sobre políticas específicas, exceptuando da premente conclusão a sempre impingida «bondade do regime». Um despertar consequente deveria trazer às pessoas a noção de que, tendo sido enganadas por tantos e por tanto tempo, elas, votantes, são completamente incompetentes para, dentro das peias em que as prendem, optar. Mas culpar-se a si, está quieto! E assim, numa fuga para a frente da cegueira da fé no sistema, histericamernte espernearão até que, introduzindo a papeleta, com alegria se precipitem na próxima burla, quais otários impenitentes.
A imagem é a do castigo do Orgulho, nos frescos de O Juízo Final, na Catedral de Santa Cecília, em Albi, Autor desconhecido.
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