Em defesa da nossa Língua

Ao contrário do que muitos nos querem fazer crer, a questão do Acordo Ortográfico (AO) – exactamente por gerar tanto desacordo – está longe de estar terminada. No início deste novo ciclo, que se pretende de mudança política, onde tanto está a ser “reavaliado” e a atitude parece querer ser diferente do ilusionismo socrático predecessor, este é um ponto que devia estar na ordem do dia.

Foi exactamente neste sentido que apontou António Emiliano, professor de Linguística na Universidade Nova de Lisboa e um dos maiores (honra lhe seja feita) denunciadores do disparate que é o AO. Num artigo publicado no jornal “Público”, tomando como exemplo a reavaliação da construção do aeroporto de Alcochete, questionou: “Terá a língua menos valor, peso ou importância para Portugal e para as gerações vindouras do que um aeroporto?” Os assuntos complicados podem e devem ser apresentados de forma simples para que todos percebam. É aqui que Emiliano acerta na ‘mouche’.

Também Vasco Graça Moura, outro incansável contra o “abominável” acordo, nas suas palavras, afirmou que o actual Governo "deve voltar atrás e suspender a aplicação do AO", lembrando que "juridicamente não está em vigor".

Uma medida que urge “reavaliar”. O AO é inútil, desnecessário e catastrófico. A sua suspensão seria uma excelente e oportuna medida do novo Executivo.

Neste jornal faremos o que nos compete na defesa da nossa Língua e, tal como em tantos outros meios de comunicação, continuaremos a escrever em português e não em “acordês”.

Editorial da edição desta semana de «O Diabo».

5 comentários:

  1. E para uma história de terror, convém saber que GENTE É ESTA que insiste em nos impingir o AO. Aqui: http://issuu.com/roquedias/docs/jrd_que_gente_e_esta

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  2. Certíssimo, Meu Caro Duarte.
    Há que dar batalha em todas a frentes, sobretudo no espaço não-lusófono, onde a nossa língua vem sempre acompanhada da bandeira brasileira.
    Abraço!

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  3. Muito bem, Caríssimo Duarte.
    Abraço!

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  4. Já repeti tantas vezes e repetirei, nunca escreverei essa coisa a que deviam chamar desastre linguístico. maria colaço

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