Está já disponível o número 5 do “Lanceiro”, agora com o título “Cadernos Militares Magazine”, um formato ligeiramente maior e uma periodicidade que passa a ser de três números por ano.
O “Lanceiro” existe desde 1999, quando foi fundado pelo seu director, José Manuel dos Santos Costa, e saiu ininterruptamente até finais de 2007. Depois de um período sem ser publicado, voltou à carga no início de 2009 com o título “Cadernos Militares” e com um visual renovado.
Mais do que uma mera revista para consumo interno, esta é uma publicação de História e cultura militar dirigida a um público abrangente. O “Lanceiro” tem um objectivo claro, como dizia a nota de abertura do n.º 1 dos “Cadernos Militares”: “Para que não se esqueça e não se faça tábua rasa da nossa História que como disse Mouzinho "foi obra de soldados" fazemos uma publicação para todos os que sentem e vivem "os interesses permanentes e vitais da Pátria e têm o culto da sua História", tenham ou não passado pelas fileiras”.
É, assim, um verdadeiro achado. Tanto no vazio do panorama editorial no nosso país no que respeita a publicações deste género, como no espírito patriótico e de dever que o guia, valores tão em desuso nos tempos que passam. Haja quem os mantenha.
Neste número destacam-se os artigos “A Carga da Brigada Ligeira: Heróica Carga da Cavalaria Inglesa”, de Roberto de Moraes, “A Guerra 14/18: Porque morreram 10 milhões?”, do General António Martins Barrento, “Carabinas e Clavinas na Cavalaria Portuguesa”, de Jaime Regalado, e “Os ME-262”, de Carlos Passanha. Para além das secções de notícias e história e da evocação de Marcelino da Mata, é ainda possível encontrar as crónicas de Ana Costa Lopes, sobre “Aljubarrota e Batalha”, e de Filipe Barbeitos, sobre o “Regresso a Timor”.
Uma revista muito interessante que pode ser adquirida nas livrarias Barata e Férin, em Lisboa, na Galileu, em Cascais, na Lello, no Porto, na Minerva, em Coimbra, ou encomendada através do endereço de correio electrónico: jornallanceiro@gmail.com. [publicado na edição desta semana de «O Diabo»]
A Carga é um dos meus temas de eleição; e quando abordada por um Amigo já Desaparecido, tão Conhecedor e Minucioso...
ResponderEliminarAbraço
A propósito de carga, o Cor. Ferrand de Almeida, meu saudoso Tio, costumava dizer que o seu sonho era morrer á frente de uma boa carga de cavalaria...
ResponderEliminarAb
Tiago Santos
Meu Caro Tiago,
ResponderEliminara carga, depois da generalização da Artilharia, era a combinação perfeita da intrepidez e da perícia.
Abraço
...e do suicídio, também, em determinadas circunstâncias (vide a da Brigada Ligeira)! Mas representava, por isso mesmo, o máximo expoente da Bravura...
ResponderEliminarAb
Tiago Santos
Não foi opção própria, senão obediência estrita ao que surgia como uma instrução expressa, deformada pelo entusiasmo inconsciente do jovem oficial que foi o seu mensageiro.
ResponderEliminarLord Cardigan ainda tentou obter o esclarecimento sobre que canhões importaria degradar, recebendo a resposta impaciente do gesto que apontava as forças Russas em posicionamento que tornaria arriscadíssimo qualquer ataque a cavalo sem preparação.
Mas ordens eram ordens, para Gente Daquela.
Abraço, Meu Caro Tiago
Sim, no caso da BL a culpa recai sobre o Alto Estado-Maior (mas não costuma ser assim, sempre?!)
ResponderEliminarAb
Tiago Santos
No entanto, a ordem dele emanada não comportava qualquer dose de irracionalidade. O entusiasmo do transmissor é que a deformou.
ResponderEliminarAbraço, Meu Caro Tiago
Pois, antes da invenção do telefone edo rádio, a transmissão correcta das ordens podia ser um problema...;-)
ResponderEliminarAb
Tiago Santos
PS: A propósito, tenho um artigo muito interssante sobre este episódio escrito (e ilustrado) pelo meu Tio há uns bons anos, no Jornal do Exército. Se quiseres posso tentar "scanerizá-lo" e enviar-to...
Ora aí está uma louvabilíssima disposição!
ResponderEliminarBem hajas, Meu Caro Tiago
Abraço