Escrúpulo, Esse Bota de Elástico...

Roubando Tempo, de Kenney Mercher
O que admira mais no caso do decadente Centro de Estudos Judiciários nem é a facilidade com que futuros magistrados se permitiram fazer batota. De tanto beneficiarem da indulgência para com a cabulice nas Universidades, acabam por a tomar como direito adquirido, para mais quando, por se encontrarem prestes a aplicá-la, se imaginem em todos os aspectos acima da Lei.
O pior é a desculpa da falta de tempo para repetir um teste, solução que só deveria abranger os inocentes desta vigarice. Em vez de lhes corrigir os vícios, está-se a acentuar-lhes a tendência. Em breve, chegados às responsabilidades decisórias, ambém eles invocarão a falta de tempo, para justificarem a não-produção de sentenças justas, ou, sequer, a sua tentativa.
E como muito ouvem dizer que "tempo é dinheiro", a máxima garimpagem dele, com acumulações ilícitas, deverá fazer proliferar casos como este.

5 comentários:

  1. "O pior é a desculpa da falta de tempo para repetir um teste (...)"

    Totalmente de acordo! Mas palpita-me que isso é (também) uma desculpa dos próprios docentes, que querem ir de férias mais cedo (as aulas só acabam em Julho, parece...)

    Ab
    Tiago Santos

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  2. Um 'investigador' dr. Simões de fala macia comentava o caso na telefonia esta manhã, bem a montante e a jusante. Tanto que se estendeu; solução não deu, mas os porquês bolçou-os sem soluçar: "somos periféricos, pobres e católicos". É toda uma catequese...
    Ah! e afinal não deixou de pregar a solução: "sangue novo vindo de fora" "imigrantes". O que por cá vegeta não presta, realmente; a própria prova evidencia-se na emissora nacional logo às 9h00 da manhã.
    Cumpts.

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  3. Meu Caro Tiago,
    não tem dúvida. Para grandes males, grandes remédios: expropriação das férias estivais, remetendo-as para ocasiões que permitam uma comparativa manutenção da cabeça fria.
    Ah e férias permanentes e definitivas para os copistas por iniciativa própria.

    Meu Caro Bic,
    ehehehehe. Lá isso não tem discussão. Mas repare que no caso em apreço no postalinho, foi mesmo uma importação de um País grande, central e maioritariamente protestante que possibilitou a tramóia - o teste americano. Isto de resolver as coisas às cruzinhas dá tão mau resultado nos exames como nos votos, claro está, veja-se a raridade estatística dos premiados no Euromilhões. Além de constituírem contrafacções desorientadoras que afastam da Cruz do sonho de Constantino.

    Abraços

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  4. As pessoas estão a ver mal o problema porque eles só estavam a treinar para darem sentenças de chapa como fazem muitos dos colegas mais velhinhos
    Rudolfo Moreira

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  5. Como poderiam então queixar-se de lhes ser aplicada uma... chapada, Meu Caro Rudolfo?

    Abraço

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