Vira o disco e troca o passo
Ontem, o ciclista espanhol Alberto Contador venceu pela segunda vez o Giro d'Italia, naquela que é a sua sexta vitória nos chamados Grand Tours. Até aí nada de novo. É sabido que o homem de Pinto é o maior ciclista da actualidade. O curioso desta história é que na cerimónia de consagração, em Milão, a organização da prova se enganou e pôs a tocar o hino oficioso franquista. À excepção da letra, ausente da versão oficial, o tema é em tudo idêntico ao hino espanhol, conhecido como Marcha Real.
A letra presente na versão utilizada pela organização foi escrita pelo poeta gaditano José María Pemán em 1928, durante o regime de Miguel Primo de Rivera, sendo adoptada com algumas modificações como hino dos rebeldes durante a Guerra Civil.
No entanto, esta não é a primeira vez que Contador sofre este tipo de enganos. Nem sequer a mais grave. Em 2009, quando venceu o Tour de France, a organização da prova mandou tocar o hino nacional... dinamarquês.
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Meu Caro Miguel,
ResponderEliminardesta vez, parece-me que foi mais um prémio que um sofrimento...
Abraço
José María Pemán (e não Permán). Cumprem-se este ano três décadas certas sobre a sua morte.
ResponderEliminarUn tipo "cachondo" el que puso el himno oficioso...
ResponderEliminarAb.
Caro Bruno, podes sff enviar o link de um postal do Nova Frente em que falavas dos homens de arte que estavam do lado nacionalista e que foram assassinados pelos "democratas" liderados pelo carniceiro georgiano?
ResponderEliminarObrigado!
Caro Paulo,
ResponderEliminarJá li quem acusasse o primeiro-ministro Berlusconi pela manobra. Eheh, de facto o tema nunca foi hino nacional espanhol, embora fosse uma canção emblemática dos rebeldes. Segundo a Wikipedia, era cantada nas escolas espanholas por ocasião do içar da bandeira. Abraço!
Caro Bruno,
Mais uma falha minha, indesculpável. Estou a ver que tenho que rever melhor os postais antes de os publicar. Vou já tratar de corrigir o texto. Mais uma vez obrigado. E um grande abraço!
Caro Anónimo,
Não sei se o Contador compreendeu a natureza da partida, mas pela sua expressão de certeza que deu conta. Abraço.
Caro atrida,
Embora os arquivos do Nova Frente estejam em lugar incerto, junto-me ao pedido de recuperação desse postal. Se há coisa que me irrita é a forma como são tratados pela historiografia oficial os rebeldes da Guerra Civil. Falta pouco para dizer que eram todos iletrados. Abraço!