A invenção do Coronel Pemberton faz hoje anos. Só o génio de Fernando Pessoa para explicar o sucesso de um xarope péssimo para dentes, diabetes e estômago - entranha-se. E como! De tal forma que nem Fidel Castro escapou, todos conhecemos a celebérrima fotografia dele a beber convictamente uma garrafa do mais famoso refresco líquido do mundo. Também nos chegam surpreendentes esclarecimentos acerca do fim de Bin Laden, sendo inteirados de que a bebida fazia parte das compras quotidianas do refúgio dele. Com uma infiltração destas, estava meio caminho andado para a submissão ao imperialismo associado se efectivar.
Nada de novo para o nosso País, onde a visão de Salazar descortinou a tempo os perigos da coisa, vedando-lhe, contra pressões de dentro do Regime e da Igreja, o acesso ao espaço luso europeu. E só transigindo na comercialização em África para fomentar a boa vontade Sul-Africana, essencial a uma cooperação que nos era útil em tempo de guerra. O Estadista, tendo chegado a provar a beberricagem, terá dito «ainda por cima é uma porcaria!», E, assim, só restou à Coca Cola contentar-se em tornar-se alcunha de Humberto Delgado, que por tudo dar e prometer aos Americanos que tanto passsara a idolatrar, ficou sendo, para a Situação como para os Comunistas e outros opositores, o General da Dita.
Não fora o meu amor aos outros animais, deixaria a ilustração como alvitre para a diversificação dos mercados.
Não fora o meu amor aos outros animais, deixaria a ilustração como alvitre para a diversificação dos mercados.
Parabéns, bebida-deliciosa-e-viciante!
ResponderEliminarQuero lá saber se corrói pregos!
De vez em quando, rendo-me, em especial à Zero, que é mesmo boa!
(adorei saber certos detalhes que relatou, Amigo Paulo, sobretudo que o senhor professor a havia provado e achou 'uma porcaria'; de facto, comparada com o nosso melhor tinto ou o insuperável verde branco fresquinho, enfim..., mas cada coisa no seu lugar, não é?)
;)
Meu querido Paulo, não me diga mal da minha querida Coca-Cola:))) fui praticamente alimentada com ela, no Norte de Moçambique não tínhamos acesso a leite fresco, só havia leite condensado,bebido ao pequeno almoço, nuns galões deliciosos..., adiante! Quanto ao homem das botas não ter permitido a dita cuja em território do Minho ao Algarve e Ilhas Adjacentes, se os meus pobres conhecimentos não me enganam tal ter-se-á ficado a dever à protecção do monopólio das companhias nacionais que fabricavam umas beberagens horríveis, com demasiado açúcar, de tal forma que na minha primeira e última tentativa de deglutir tão enjoativas bebidas fiquei agoniada para o resto da vida:....:)))
ResponderEliminarbeijinho
Veneno Caro Amigo. Mas a sociedade moderna adora ingerir químicos de todos os tipos. Regressemos, pois, à natureza não-transgénica! Como bem dizia o Sábio de Santa Comba: "vinho é tinto e do meu". Um abraço apertado.
ResponderEliminarQuando ela surgiu, e durante uns tempos, rendi-me, mas foi coisa de pouca dura, mesmo antes de saber a composição da beberagem - não se entranhou, simplesmente.
ResponderEliminarBeijo Paulo
Querida Margarida,
ResponderEliminarclaro que era muito diferente, veja-se o que o mesmo Mestre dizia do produto da uva: «beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses». Hoje, por hoje, só vou nela camuflada em Cuba Libre, isto quando me distraio e prescindo do meu amado Caipiroska.
Querida Ariel,
com que então também a Minha Amiga passou pela ministração do Nido em pó?
A mistela ultra-açucarada que refere deve ser a Cola Shweppes, inconfundível pelo realismo da descrição. Mas não creio que se tenha devido a protegê-la a recusa da congénere célebre: por um lado, foi permitida a comercialização da Spur Cola Canada Dry, depois há dados que envolviam ingerências e recolhas ilícitas de informação mais determinantes. Um dia ainda tentarei trazer aqui a história daessa luta.
Meu Caro Marcos,
e se a Tua consciência de Cristão aguenta revoltar-se mais um bocadinho, olha para isto!
Querida Cristina,
na adolescência ainda fui tomando umas quantas. Devo, aliás, dizer que as fórmulas das distribuídas em África, Brasil e Espanha eram francamente superiores à que, finalmente, triunfou por cá.
Hoje, vejo-me mais como o Bosquímano de «Os Deuses Devem Estar Loucos», a tentar desesperada e metaforicamente devolver a garrafa à sua origem.
Beijinhos e abraço
É muito boa para limpar baterias
ResponderEliminarRudolfo Moreira
Ora, Amigo Rudolfo, ainda se fosse para carregá-las...
ResponderEliminarAbraço