Voltas Alienantes

O rotativismo é uma praga no nosso Portugal. Aquele que se assumiu e lhe tomou o nome, na Monarquia Liberal, acabou por desgostar a fina-flor da intelectualidade lusa e de cansar o Zé, por só as moscas mudarem. Na sanguinolenta Primeira República os militares substituíram a Coroa na escolha dos momentos da circulação das cores ministeriais e acabámos em chacota da Europa, com as revistas parisienses a notarem que qualquer revolução em Lisboa não era notícia.
O regime que vamos tendo refinou esta Síndroma do Carrossel: não se trata já de injectar esperança nos ingénuos com uma rotatividade efectiva, embora de siglas, nas cadeiras governamentais. Não, o entontecedor paroxismo voltejante anuncia-se com o revezamento dos partidos no papel de salvador do executivo do Sr. Sócrates. Desta, o teatro de cumplicidades distribuiu o papel de denunciante pelo BE e o de pára-quedas pelo PSD, ao que parece.
Francamente, com Kelly Carlson ficou-me demonstrado à saciedade que há maneiras mais satisfatórias de pôr a cabeça a andar à roda!

6 comentários:

  1. Caro Paulo,

    Mesmo considerando que "chamar o gregório" é das mais nojentas e desagradáveis experiências porque alguém pode passar, ainda assim considero que uma borracheira de caixão à cova é maneira mais satisfatória de pôr a cabeça a andar à roda do que assistir a este jogo porco de baixa política a que parecemos condenados.

    Um abraço

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  2. Kelly agora sem mãos!
    Rudolfo Moreira

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  3. É curioso ver como é que alguns responsáveis políticos continuam a viver num mundo virtual...e como é que isso é explorado até à saciedade por uma comunicação social ávida de notícias "bombásticas".

    Como se o país fosse ficar na dolorosa expectativa do que vão fazer os restantes partidos da oposição daqui a um mês, quando for votada a patética moção de censura do BE...Tenham tino!

    Tiago Santos

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  4. Se é, Meu Caro Pedro Barbosa Pinto. Além de que, contrariamente à nossa vida pública, não convida a beber para esquecer...

    Infelizmente, Caro Rudolfo, o "sem dentes" subsequente aplica-se mais a nós.

    Mas, Meu Caro Tiago, enquanto decisores e transmissores se mancomunarem, o espectáculo vai anestesiando a revolta.

    Abraços

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  5. Tournez manège!, diriam os franceses. É da essência deste regime dar contínuas voltas à roda, sobretudo quando os palhaços que o dirigem já não têm piada alguma. Felizmente, como mostra o Amigo, há melhores alternativas! Forte abraço.

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  6. Alternativas em (e a) que vale a pena votar-se!
    Abraço, Caro Marcos

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