Patente de Corso


Enquanto o mais recente romance de Pérez-Reverte aguarda publicação em português, resta aos admiradores do escritor espanhol seguir a excelente coluna na revista XL Semanal. A crónica desta semana, «sobre violaciones y fascistas», é um texto de antologia dedicado àquelas palavras ou expressões que, de tanto usadas, abusadas e mutiladas, acabam esvaziadas do seu sentido original e exacto. É o caso da palavra fascista, que «la necesidad, a falta de coherencia ideológica propia, de poner etiquetas al adversario, hace que ahora se aplique a cualquier persona o situación que se aparte, no ya de una posición de izquierda, sino de lo social y políticamente correcto, e incluso de la más fresca tontería de moda». Nem de propósito, ainda hoje no nosso almoço falámos deste fenómeno.

8 comentários:

  1. Gosto de alguns romances dele, como «A Tábua de Flandres» e «O Clube Dumas», para além do mais.
    Abraço, CXaro Miguel

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  2. Caro Paulo,
    Posso dizer que já li (quase) tudo o que Pérez-Reverte publicou em português. Os romances que mencionas são muito interessantes, sim senhor, ambos centrados em temas que me interessam particularmente (num caso o xadrez e no outro a paixão pelos livros). No entanto, na minha opinião — que vale o que vale, como é óbvio — o espanhol tem obras melhores, como é o caso de «O Pintor de Batalhas» e «O Hussardo».

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  3. Grande texto! Sem papas na língua! Abraço Caro Miguel.

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  4. Concordo com o Miguel. Da extensa obra de Pérez-Reverte, destaco O Pintor de Batalhas e o Hussardo.

    A crónica dele é certeira. Sobre aqueles que vêem "fachos" em todo o lado, escrevi num blog hoje extinto que hoje em dia "somos todos 'fascistas'"...

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  5. São coincidências assim que iluminam a vida e dão vontade de a vivermos intensamente, sempre na busca de mais conhecimento. As coisas deste mundo, aliás, só fazem sentidos se ligadas por um invisível fio-condutor. Bem-hajas por este postal, Caro Miguel.
    Abraços para Todos os Jovens.

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  6. Não os conheço, mas vou tentar colmatar a falha, Caríssimo Miguel.
    Abraço

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  7. Caro Marcos,
    Pérez-Reverte é para mim um mim uma referência indispensável, no mais puro sentido do termo.

    Caro Duarte,
    De facto, os «fascistas» estão em todo o lado. Em certas ocasiões, onde menos se imagina.

    Caro João,
    Não cremos que é tudo obra do acaso ou que a História avança inexoravelmente com um determinado sentido. Detectamos um padrão complexo, esse tal invisível fio-condutor, e é isso mesmo que nos distingue.

    Caro Paulo,
    São livros que me marcaram bastante, e ainda hoje algumas das suas sequências me ocorrem com frequência.

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  8. Este postal do Caro Miguel, e a interessante troca de comentários que aqui se seguiu, entre Todos os Amigos, inspirou-me a republicação, nesta nossa Casa Comum, de umas palavras que em tempos alinhavei no Eternas Saudades do Futuro.
    Dedico-as a Todos os Confrades.
    Abraços!

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