Não, não se trata um palpite sobre paralelas iminências de Sócrates e Mubarak. É, pelo contrário, um pessoalíssimo escapismo deste torrão quase milenar que a tanto parecia prometido e tão desenganado se vê dia após dia. A música sempre foi melhor remédio do que o riso em alturas opressivas; e por isso Vos trago aquele que tenho como o melhor dueto de todos os tempos. Os intérpretes estão longe de apresentar traços perfeitos, as vozes não têm a envergadura de muitas outras, politicamente andavam pela extrema-Esquerda e o tema prestar-se-ia a uma melosa e arrastada cantilena a que só a ausência de agitação e de alegria saloia preservaria da vertigem pimba.
No entanto é o contrário. O contido risco da poesia que Chesterton dava como tentada universalmente por todo e qualquer homem, a incerteza da Desejada e a bruma donde ela surge, dando-se a conhecer como o resultado antecipadamente escrito da procura do trovador improvisado, o clic feérico das atracções que colmatam a angústia das demandas, que mais será preciso para nos deixarmos embalar por Barbara e Georges Moustaki em «La Dame Brune»
Querido Paulo, será como quiser mas é certamente boa música para os nossos ouvidos.
ResponderEliminarBeijinho
Paulo, é por postais assim que arrisquei afirmar ali em baixo que no meu sonho de coleccionador almejo a um só blogue. Para já, não tendo Tu outro, parece-me que pode ser este, o tal a levar para a «ilha deserta».
ResponderEliminarAbraço!
Ainda bem, Querida Ariel, O meu prazer em dar-Lhe música iria por água abaixo se a considerasse mazinha.
ResponderEliminarAi, Robinson Marchante, enjoavas ao fim de poucas horas. Só compreendo essa gentileza à luz de ser hoje Sexta-Feira e ser essa a graça das companhias que se arranjam em isolamentos insulares.
Beijinho e abraço