Sem sombra de ironia, tenho boa opinião do Ministro Crato e sentiria pena de qualquer valente que sobraçasse a pasta da Educação. Anos de sobredimensionamentos, opções orçamentais discutíveis, decréscimo do número de criancinhas e um ministério cujos serviços e regulamentos se transformam facilmente num baluarte burocrático resistente às mudanças mais coriáceo que Sir Humphrey Appleby tornam ciclópica a tarefa de pôr ordem naquela casa. Mas esperar que uma vaga de reformas seja a solução para o absurdo número de docentes desocupados não é entender a palavra reforma num sentido diverso daquele que as necessidades apontavam como um imperativo? E esperar por tão milagroso desenvolvimento não é passar a batata quente da tutela do Ensino para a das aposentações? Ora, como o País é o mesmo para os dois departamentos, digamos que parece apenas uma alteração de mobília, destituída de ganhos de espaço relevantes.
Reformado, de Fred Wolf
O problema neste quintal onde não há pão, todos reclamam e ninguém tem razão, é que as políticas não são pensadas de forma integrada, e quem tem muitas "ideias", esbarra nas resistências duma realidade que não desaparece por artes mágicas. Na minha modesta opinião único ministro que deixa alguma obra feita é o da saúde, exactamente porque não se meteu a fazer política, quando sabe que a política deste governo é cortar a eito. Dentro deste brilhante critério ele tem sabido com bom senso equilibrar a canoa que lhe coube conduzir.
ResponderEliminarBeijinho Querido Paulo
é um surfista mesmo que fale num tom para não fazer ondas
ResponderEliminarEndosso por inteiro a opinião da Querida Ariel em casos vários, com o Ministro Álvaro à cabeça- Crato parece-me ainda ter mais acção e margem que aquele, apesar das barreiras afamadas do sector. Por isso achei esta esperança no fim da vida activa dos Docentes uma quase-capitulação.
ResponderEliminarMeu Caro Rudolfo,
a continuar repousado nestes movimentos que metem água, pergunto-me se a vaga não estará para breve é na cadeira que o Ministro ocupa.
Beijinho e abraço