Quanto a mim, podia ser bem pior: imagine-se que em vez de serem gays a quererem entrar (sem sentidos demasiado físicos) nos Escuteiros, fossem os Escuteiros a pedirem para ser contados entre os gays! Fora desta agourenta hipótese, na coisa não se vê pés nem cabeça. Os seguidores de Baden-Powell têm, evidentemente, todo o direito de admitir no seu seio quem muito bem lhes dê na veneta e só uma época completamente perturbada pela ideia fixa do igualitarismo e da uniformização pode pretender o contrário. Assim como se um clube de ruivos tivesse de aceitar morenos porque se meteu na cabeça destes integrá-lo. Ou pior, porque se ainda se compreende o esforço para evitar distinções segregadoras em função de características não-escolhidas, como raça ou classe de nascimento, proscrevê-las quando fundadas em apreciações negativas da acção de outrem, em última análise, levaria à própria forçada aceitação pseudo-prazenteira da generalidade dos criminosos. Não pertencendo, ou tendo alguma vez pertencido, a qualquer dos dois grupos envolvidos, sinto-me capaz de dar uma opinião independente. E de chamar a atenção para um perigo óbvio: sabendo-se da preponderância dos pederastas no meio pedófilo, receber portadores dessas tendências como líderes dos rapazinhos não será trazer a gasolina ao fogo?
Temo que esta passe a ser uma imagem definitamente datada.
Oh meu Querido Paulo, por essa não esperava eu. Mas então será que lhe passa pela cabeça que ao longo de tantas anos não tenha passado nenhum gay pelos Escuteiros? E será que a possibilidade de poderem abertamente fazer parte do grupo, não os expõe mais e por essa via não serão melhor escrutinados no que à "sedução" de rapazinhos diz respeito? Parece-me que esse preconceito não faz qualquer sentido, mas pronto a cada um a sua verdade ...:)))
ResponderEliminarBeijinho
Querida Ariel,
ResponderEliminarnão passa, claro, mas sempre acho que é mais eficaz na contenção a desaprovação estatutária do que a consideração de igual dignidade das orientações, como agora se diz. Parece evidente que se não se vê censurado por tanto, qualquer um procurará orientar-se com o que tiver mais à mão. E se for tenrinho, muitos não se refreerão minimamente por questões etárias...
Quanto aos preconceitos, dependem do que se trate. Há muito aprendi com S. Johnson e Chesterton que o Bem e o Mal são os maiores preconceitos que existem. E que nos devemos guardar do convívio com os que os não reconhecem...
Beijinhos
não sei porque atirar as beldades ao mar podia ser um indicador do que aí vinha
ResponderEliminarMeu Caro Rudolfo,
ResponderEliminarAí é que o Escutismo equivaleria a um banho, embora menor que este que comentei. Recuso-me a crê-lo!
Abraço