Políticos de Segunda

O dia aprazado para a travagem seguramente sugerida diz tudo. Gostaria de ver políticos que batessem no peito, sim, mas como sinal de remorso por haverem participado em práticas ruinosas, não para exibirem capacidades de chefia que, de todo, lhes faltam. A conversa do crescimento também foi a que levou ao Eliseu o Presidente Hollande e vejam no que deu, rabinho entre as pernas após o responso de Berlim, sem ao menos o paliativo dos beijinhos da Chanceler a Sarkozy. Alguém acredita que Seguro, com currículo, miolos e País indiscutivelmente menores, fizesse diferente? Mas também a visitadora Merkel, ao reivindicar para os simulacros de Estados em volta uma espécie de interdição para incapazes, não escapa à menoridade de quem subordina o seu fado aos caprichos falhos de generosidade do eleitorado, ao contrário dos predecessores que souberam fazê-lo aderir à necessidade de abrir os cordões à bolsa por um ideal unitário que, não sendo o meu, tinha, ao menos, alguma dimensão. Vivemos a era dos gestorzinhos que deixaram de saber fazer os Alemães pagar pela guerra que perderam e as malfeitorias que os papás terão cometido, como dos que, desde a nova Germania, se tornaram suficientemente autistas para não mais identificarem o resgate da sua culpabilidade histórica de vencidos com a obrigação de financiar um bem-estar ascendente doutros povos que os aproximasse do seu.
                                                       Liderança, de Philip Verbruggen

3 comentários:

  1. Clap, clap, clap, subscrevo, tudo gente menor, tudo uma desgraça.

    Beijinho Paulo.

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  2. caro Paulo

    Um mês do "mais do mesmo" bastaria para a bancarota nacional. O extremismo comedido, mesmo assim, do PS denota alguma covardia e complexo face ao problema das contas públicas. Concordo inteiramente com a questão da Alemanha pós-vencida.
    Uma nota: no final da notícia, de que faz "link", a suave exclamação de Seguro "Por amor de Deus"...!

    abraço

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  3. Querida Ariel,
    estariam bons uns para os outros, não fora tantos inocentes serem apanhados no meio e sofrerem com estes preenchimentos de poleiro.

    Caríssimo João,
    com certeza, mas a receita mágica do corte na Despesa foi metida na gaveta sempre que afrontava interesses particulares instalados, só subsistindo no pano de fundo que afecta os mais fracos e indefesos.
    Muito Boa Gente se comove com o "Ai dos Vencidos!". Não eu, a História tem de ter consequências e os que se queixam dos maus tratos por terem perdido fazem lembrar os pseudo-liberais que querem meter-se no Mercado com a garantia de salva-vidas, no caso de falharem...

    Beijinho e abraço

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