A vergonha de ser português

Como escreveu há dias o Miguel Castelo-Branco, os palermas riram-se de Salazar e da cultura do aforrozinho. Era para eles uma visão campónia e atrasada, incompatível com os seus projectos desenvolvimentistas. Prometeram-nos a Europa, a felicidade, a abundância e dinheiro a rodos. O resultado deste programa extraordinário tem feito os títulos da imprensa. Estamos cada vez mais pobres: na verdade, falidos e mal pagos. Destruídas a agricultura, a pesca e a indústria, dependemos da ajuda externa, sem a qual morreríamos de fome e inanição. Vamos sobrevivendo ligados à máquina da troika, que é quem manda. No estrangeiro, experimento todos os dias a vergonha de ser português. Chegou a hora de apontar o dedo ao regime. Ou acabamos nós com ele, ou há-de a besta fatalmente acabar connosco.

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