Cinema Roma nos anos 50. |
Constituída por 50 imagens, sendo metade da colecção do arquivo, dando a conhecer a evolução da avenida entre os anos 30 e 80 do século XX, e as outras tiradas em 2011, pelo fotógrafo Luís Pavão, a exposição inclui ainda uma projecção de cerca de dez minutos onde é possível ver outras fotografias.
Há uma fotografia de Horácio Novais, de 1942, que capta a vista a partir do Hospital Júlio de Matos para aquela que seria a futura avenida, que funciona como uma porta de entrada para essa Lisboa nova que ali nasceu. Com um especial destaque ao cruzamento com a Av. dos EUA, intercalando fotografias de outros tempos com imagens deste ano, a exposição dá-nos um termo de comparação que nos permite ver as alterações arquitectónicas, mas também perceber e descobrir as alterações nas vivências neste espaço que se foi consolidando até aos nossos dias. Nota, por exemplo, para a fotografia de Salvador Almeida Fernandes, dos anos 50, do cinema Roma que, se compararmos com a actual, vemos como as árvores sobredimensionadas e o quiosque ‘kitsch’ taparam por completo este belíssimo edifício.
Aqui se observa a evolução do que já foi considerado por vários autores como o “paradigma do urbanismo português”, ou simplesmente recorda-se um sítio que faz parte da vida de tantos de nós. Como nos é dito – e muito bem – na descrição da exposição, esta é “uma avenida que, apesar das feridas infligidas pelas ‘marquises’, é ainda um exemplo do que de melhor se fez em Portugal em planeamento urbanístico”. [publicado na edição desta semana de «O Diabo»]
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