Presidente Juan María Bordaberry RIP


Foi com grande tristeza que recebi a notícia da morte - hoje - de Juan María Bordaberry, presidente do Uruguai entre 1971 e 1976. Aos oitenta e três anos, estava doente e já levava vários anos "arrecadado" pelo neo-marxismo maçom de ex-guerrilheiros e terroristas, que agora dão as cartas nesse patético cone sul. Bordaberry não conta com o favor dos media ditos de referência, os quais já estão eufóricos, a debitar por todos os orifícios os epítetos peçonhentos de costume. Nascido e criado num país feito - literalmente - com esquadro e compasso, o antigo estadista formou-se no demo-liberalismo vigente, foi senador, ministro e, em época de violência política terrorista e guerrilheira, em conformidade com todos os cânones democratíticos, é eleito presidente da república com mais de quarenta por cento dos votos. Entre bombas e tiros não tardou em comprovar a incompatibilidade entre o exercício da liberdade "liberal" e a manutenção da ordem e da paz no interior da sociedade. É que para impor a ordem e assegurar a paz era necessário restaurar a autoridade... Apoiado nas Forças Armadas Bordaberry atacou em cheio os três mitos do sistema: a soberania do povo, o sufrágio universal e a partidocracia. Fechou o Parlamento e enviou os profissionais do palratório descansar à casa, suspendeu os partidos políticos, introduziu princípios orgânicos e corporativos, garantiu - à moda de García Moreno - a liberdade para o bem e para os praticantes do bem, e combateu o resto. Restaurou a autoridade, e com ela a ordem e a paz, condições indispensáveis para uma sociedade empreender o caminho do autêntico bem comum. Purgando-se do liberalismo da juventude Juan María Bordaberry percorreu um caminho longo mas firme que o levou à Tradição Católica e Monárquica - esta na sua vertente Carlista. Suas três Verdades foram: Deus - Pátria - Rei. "Deus, porque não podem existir instituições que não se fundamentem no direito natural, o que supõe rechaçar as soberbas construções do homem que a contradigam; Pátria, porque a sociedade dos homens tem que professar um amor profundo e permanente ao lar, de onde extrai a força para resistir aos embates do mal; e Rei, porque quem é que pode imaginar uma autoridade que não tenha de prestar contas a Deus?". Em 1976 a alta cúpula militar recusa a institucionalização da nova ordem política projectada por Bordaberry, demitindo-o da presidência e tomando para si o comando do Estado. E o que se viu, mais do que o regresso aos erros e vícios do passado, foi a conquista do Estado pelo marxismo. Meus pensamentos e minhas orações estão hoje, muito especialmente, com este católico exemplar, homem íntegro, que deu tudo de si para reconduzir a sociedade cisplatina no caminho do bem. A Bordaberry bem se ajustam as palavras paulinas: "Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé". Vencido no mesquinho mundo dos homens, não tenho dúvida de que já recebeu a recompensa infinita na Paz de Deus.

2 comentários:

  1. Minha sugestão de epitáfio para Bordaberry: "Vai, antes tarde do que nunca"

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  2. Tchau, assassino. Vai pro inferno

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