Nunca pensei que um político entradote com uma libido hã imp(r)udente desse pano para tantas mangas. A última traduz-se na da alegação do «sexo consentido», pelo defensor de DSK, que contradiz toda a anterior intoxicação com sugestões de ausência total de avanços e perseguição político-jornalística.
Claro que é querer fazer dos outros, juízes incluídos, parvos. A versão cai pela base, sabendo-se da fuga subsequente. Ou o causídico irá tentar fazer-nos crer que o seu cliente estivera tão... absorvido, que deixara escapar o tempo, quase perdendo o avião, largando pelo caminho, inclusivé, o computador portátil com notas úteis à reunião que tinha agendada?
Sei que sou um advogado falhado. Mas, tivesse eu a cara de pau de certos Colegas que singraram, optaria, inteirados que fomos da origem da vítima, a Guiné-Conacri, por reenviar o comportamento do meu constituinte para a cooperação Norte-Sul, a manutenção da vitalidade da Comunidade de Língua Francesa, ou a manifestação de ausência de racismo, sobejamente atestada na atracção em apreço.
Claro que a questão dos ferimentos seria embaraçosa. Mas poder-se-ia sempre culpar a pesada herança dos hábitos atávicos da exploração colonial, enfim, o descaramento de muitos barristers deste mundo não conhece limites.
Já agora, também parece altamente improvável a tese da armadilha, que alguns colaboradores do arguido tentaram fazer passar. As predilecções anteriores deste lobo faminto eram Mulheres com notoriedade profissional, de origem caucasiana, como agora se diz. A menos que ele tivesse confidenciado alguma vontade de variar, seria uma escolha estranha a da humilde Beldade Africana como isco.
Detesto ver espertalhaços a tentar atirar areia para os olhos doutrem, como Os Advogados, de Clive Barker, essa hidra de falsas caras, conformes à e - conforme a - conveniência.
Magnífica ilustração, Querido Paulo. Mas se as preferências do homem costumavam ser para as caucasianas com notoriedade profissional, com a idade a coisa pode ter-se diversificado, os mistérios da líbido são insondáveis....
ResponderEliminarBeijinho
Os advogados do Carlos Cruz têm mais imaginação
ResponderEliminarRudolfo Moreira
Querida Ariel,
ResponderEliminarmas, lá está, para que o pudessem armadilhar com essa nova pseudo-predilecção era necessário que ele a houvesse manifestado, o que não consta.
Tivesse ele conhecimento do espírito criativo dos ditos, Caro Rudolfo...
Mas claro que lá a Justiça presta-se pouco a absolvições e a expediemtes manhosos.
Beijinhos e abraço