Segunda Feira de Cinzas

Há um ano estava sem blogue, pelo que direi neste aquilo que me ocorreu, sendo certo que me parece estarmos neste momento perante uma segunda oportunidade mais do que generosamente dada aos Europeus. Não peço que Todos sejais crentes, apelo é ao Vosso gosto e humanidade, no sentido de entender não serem estes os voos que nos devemos acautelar; tendo presente a nova vaga de cinzas que se prepara para invadir o Continente, deve ser lida como o substrato simbólico do arrependimento, dado numa Segunda Feira em tempo não-quaresmal, como na emblemática primeira Quarta da Quaresma se propõe, pela imposição delas em forma de Cruz.
A Natureza não é senão um adicional artifício de Deus, sendo nós o mais notório e o único rebelde. Para quem se dê ao trabalho de perscrutar os sinais, também o mito da Fénix poderá valer, no sentido de nos inculcar que, em arrepiando caminho, o renascimento não será apenas o mais importante, que é o do interior, mas, igualmente o retomar da projecção perdida a partir no momento em que nos esvaímos no sangue que, herança por herança, era o conjunto dos Valores que não soubemos ou quisemos conservar.
Desperta, Europa, ainda há tempo!
Os óleos são Cinzas, de Louwtjie Kotzé e Fénix, de Yanko Yankov

4 comentários:

  1. Cremar está na moda e por isso vê-se a cinza como libertação sem precisar de reciclagem
    Rudolfo Moreira

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  2. Numa Europa a arder, possam os europeus ter o poder regenerante da dita ave, num tempo que se vai fazendo mais curto.Pessimismo meu.

    Beijo Paulo

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  3. Parecem-me todos a caminhar como sonâmbulos para o abismo, não vislumbro quem possa encarnar essa Fénix, Querido Paulo.

    Beijinho

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  4. Meu Caro Rudolfo,
    vivemos num país libertadérrimo, então.

    Querida Cristina,
    mais um passinho e ainda A convenço a torcer pela Águia, outro belo pássaro que renascerá das cinzas...

    Querida Ariel,
    o regresso à Tradição, Querida Ariel

    Beijinhos e abraços

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