A Douta Ignorância

Já perspectivei a queda do Sr. Strauss-Kahn sob vários ângulos de análise, mas só agora o posso fazer do ponto de vista óbvio, o do Pecado. Parecia evidente que era uma concessão à Luxúria, o que pode despertar simpatias, já que está sempre presente a máxima Evangélica do atirar da primeira pedra. Face aos pormenores das mais recentes revelações, penso, de forma bem diversa, que a infracção carnalmente emblemática deve ceder face à prioridade que a Soberba no caso ostenta: a frase do libidinoso financeiro Socialista «Sabes quem eu sou?», no sentido de derrogar as consequências da Ética geral e da Deontologia da profissão da vítima, revelam todo o inchaço de si que faz pensar à generalidade dos megalómanos e a muitos dos falhos de escrúpulos que as suas acções estão acima das sanções desaprovadoras. O caso é agravado pela pesporrente desvalorização do caso pela entourage do arguido, quando expressa a convicção de que o dinheiro comprará a impunidade e é ou terá sido o principal objectivo da agredida.
Felizmente, a Sr.ª Diallo não conhecia, nem as autoridades da Big Apple se impressionaram com a identidade deste grandíssimo
Filho da Soberba, de Ron English

2 comentários:

  1. Este tipo de gente, que se movimenta no "mundo de fadas" dos biliões dólares, perde o contacto com a realidade, o sentido da decência e da dignidade do outro. Uma vergonha.

    Beijo Paulo

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  2. Querida Ariel,
    nada que uma condenaçãozita a trabalhos forçados e gratuitos não resolvesse. Como terapia, claro, queremos lá nós penalizar os coitadinhos dos infractores!

    Beijinho

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