Compreende-se perfeitamente que as associações Judaicas não gostem nem um bocadinho dos símbolos do Nacional-Socialismo, mas parece um tanto disparatado, à luz da Psicologia como da História, o exagero patente na queixa apresentada contra o pasteleiro Austríaco que decorava com suásticas bolos encomendados. Em primeiro lugar, a cruz gamada não é exclusivo de Hitler, contudo não sejamos inocentes. Depois, o confeiteiro deve ser tão nazi como eu sou polinésio, mas também aceito que a desculpa de ganhar uns cobres não alise o valor simbólico de uma arte.
Não, o problema é que a aversão cega. E os queixosos não terão percebido patavina do que se jogava: o espírito dos repartidores do Mundo, em Yalta, era precisamente esse - o de comer os Alemães, em especial os de vocação hitleriana. O que, consumado, faria deste incidente uma mera continuidade. Mas a quem tenha por especiosa tal interpretação, ofereço a prova dos noves - Em 1683 os fabricantes de bolos de Viena, justamente, inventaram o croissant, transposição alimentar do Crescente Islâmico, para celebrar o salvamento da Cidade até aí cercada pelos Turcos, por Sobieski. Com esta genealogia, como é possível a iniciativa que aqui se problematizou?
A pintura alusiva é de Jan Mateijko.
É caso para dizer que «até os comemos»! Abraço.
ResponderEliminarAinda se fossem à Deco de lá protestar contra a comercialização de comida intragável...
ResponderEliminarRudolfo Moreira
Meu querido Paulo, só o seu espírito culto aliado a um refinadissimo sentido de humor me fariam sorrir perante a possibilidade de que a ideia do dito pasteleiro fosse o de comer os alemães. é que os croissants comem-se, os enfeites normalmente conservam-se.
ResponderEliminarBeijinho
Caríssimo Miguel,
ResponderEliminarseria essa a linha de conduta esperável, sim. Mas, como viste, a reacção narrada só leva a concluir por um sabbath com abstinência prolongada ad nauseam.
Meu Caro Rudolfo,
já seria mais compreensível, esse paladar penso encontrar-se por lá mais generalizado que o gosto pelo bacalhau cá no burgo.
Querida Ariel,
se disse tal não o pretendi, impute-mo às minhas insuficiências estilísticas. Afirmei é que esse foi o espírito dos Líderes vencedores da Guerra e que as Populações ameaçadas pelos vencidos, como em 1683, poderiam ter avocado esse sentimento.
Por muito que os encomendadores dos bolos quisessem conservá-los, a decoração em chocolate, caramelo, açúcar e demais materiais perecíveis não lhes permitiria grandes voos...
Beijinho e abraços
Hilariante! O meu Amigo Paulo no auge da sua forma estilístico-literária!
ResponderEliminarRenovado abraço para Ti!
Pedido de esclarecimento (a despropósito): Pode o meu Amigo Miguel Vaz ensinar-me a «fazer» itálico e negrito nos comentários?
Rir é o melhor remédio, Meu Caro João.
ResponderEliminarEu sei de uma maneira, é redigires o comentário na caixa de texto, fazeres copy paste e despejá-lo naquela a que o destinas. Dá é trabalho.
Abraço
Obrigadão, Caro Paulo.
ResponderEliminarAbraço.
Paulo, desculpe meter a colherada, há uma forma mais expedita de fazer o negrito e o itálico, deixo aqui os tags, através deste link:
ResponderEliminarhttp://www.samueldiasneto.com/html/texto.htm
Beijinho
Cara confrade bloguista Ariel:
ResponderEliminarAgradeço-lhe ter metido a colherada. Veja lá o que, à conta disso, já consigo fazer...
Saudações!
Estão a cair no ridículo esses judeus, eternos pseudo coitadinhos, bom bom, seria que eles zarpassem para fora da Europa (pois esta Terra não lhes pertence e cá nada têm que ditar).
ResponderEliminarQuerida Ariel,
ResponderEliminardesculpar? Pois se Lhe agradeço a dica! Prepare-Se, que vou encher as caixas do «Cirandadndo» de itálicos + negritos...
Meu Caro João,
estamos a atingir um nível de sofisticação blogadora inebriante.
O Anónimo está como os autores da queixa - não vê que a cake is just a cake. Ao menos como objecto deste post.
Bj. & ab.
É um privilégio poder ser útil nesta casa de gente culta.
ResponderEliminarUm bom fim de semana aos Jovens
:))
E, para nós, contarmos com as lições de uma Bloguista de Culto como a Minha Querida Amiga.
ResponderEliminarIgualmente!
Beijinho
A história da origem dos croissants continua a ser das minhas favoritas, dentro da "petitie histoire". Quando passei pela antiga cidade dos Habsburgos, contei-a a quantos queriam ouvir. E havia vienenses que não a conheciam...
ResponderEliminarMuito me conta, Caríssimo João Pedro!
ResponderEliminarBom, assim fica explicada a reacção descrita no texto e a seriedade com que foi encarada. Mas será preciso recorrer aos estrangeiros para conhecer as tradições de cada um? Qualquer dia estamos relativamente ao Passado como o Shaw com a língua, só os estranhos a (o) poderiam conhecer de modo perfeito.
Abraço