Das desvantagens de uma boa audição

Ouvido hoje no Terreiro do Paço a um jovem casalinho brasileiro:

Ele:
- Alá, aquele cara ali é que f---u a gentchi.
Ela:
- Que cara?
Ele:
- Aquele da estátua, no cavalo.
Ela:
- Quem é?
Ele:
- É o Cabrau.
Ela:
- Ah é. É ele mermo.

10 comentários:

  1. Tem a certeza que não estavam debaixo do "cara"? Soam mesmo como as bestas que o "cara" montava.
    Cumpts.

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  2. Meu Caro Marcos,
    é uma prova da vitalidade das nações. O simpático par não concebeu que no centro da mais bela praça estivesse outro que o mais importante personagem da sua História. Quantos Portugueses pensariam D. Afonso Henriques retratado numa notória monumentalidade na estranja?
    Por isso O Brasil está em aceleração de crescimento e nós nos esvaímios nos ratings.

    Abraço

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  3. Eu queria resistir a uma certa, digamos, severidade, mas se não defendo a minha língua, que É a minha identidade pátria, faço exactamente o quê? (à parte pagar impostos, ser civilizada e continuar a viver aqui, à espera de um milagre?)
    Na sequência disso aí indicado, isto, agora descoberto. Existem palavras que desconhecia. E não são ameríndias.´são neologismos, 'mêmo':

    http://contato.luapio.blog.uol.com.br/

    ... socorro...
    É uma nação de milhões a escrever assim!
    E depois, por esse mundo fora, a identificação de 'fala-se português' faz-se com a bandeira ...do Brasil!
    Inaudito...
    Sumimos.
    Nós, que fomos 'donos' de metade do globo, desaparecemos, como as antigas civilizações de que só restam vagos relatos em pedras coçadas pelos ventos.
    Estas catástrofes mais recentes são só um dos fatídicos capítulos da nossa terrível extinção total!

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  4. Isto seria um insulto ao nobilíssimo corcel, Caríssimo Bic! Os transeuntes estão mais próximos da variante com orelhas longas... Abraço amigo.

    Meu Caro Paulo: concedo que já é alguma coisa que ainda recordem o Almirante. E que o associem a este pedaço de terra. Forte abraço.

    Concordo totalmente, Cara Margarida. A nossa língua era, talvez, a única "coisa" que os senhores planetários e os seus gerentes locais permitiam que tivéssemos. Agora nem isso. "Visitei" o sítio de que dá notícia: simplesmente pavoroso. Abraço amigo.

    Obrigado, Grande João - mas é com o coração apertado que dou o relato. Abração.

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  5. Sou brasileiro e não aprovo o acordo ortográfico,pois este desfavorecesse ambas as nações e a modificação da escrita,ambas sofrem...
    como brasileiro que sou,tenho consciência da lingua portuguesa no Brasil,mas temos que concordar que o Brasil seguiu o seu rumo próprio na lingua e por este motivo,defendo a oficialização da lingua brasileira,como uma nova "flôr do Lácio",com o enorme contributo da lingua portuguesa...E atenção,não confundam "calão"como idioma,que é o exemplo deixado pelo "casalinho brasuca..."

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  6. Totalmente de acordo com o anónimo brasileiro, venha daí essa língua e deixem a nossa em paz. Obrigadnha.

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  7. A nova flor do Lácio?! Sem consoantes etimológicas como a irão entroncar no Latim?
    Cumpts.

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  8. Comentando anos depois de todos... Hoje os católicos brasileiros admiram Portugal, e cada vez em maior número. E vocês, o que fazem? Em vários posts neste blogue, como já observei, a tônica é avacalhar o Brasil de cima a baixo, sem piedade. Entendo críticas, não entendo essa fúria. Ao mesmo tempo se vê um amor pela Argetina, com sua capital internacional da arrogância e o seu espanhol que é tão distinto do de Espanha. É difícil gostar do vosso próprio sangue? Ah, misturou-se com o de pretos...deve ser esta a razão...mais fácil gostar do povo lindo do Bergoglio... "europeus"...

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  9. Caro comentador anónimo brasileiro:
    Pela minha parte, posso dizer-lhe que sou admirador de muitos escritores e pensadores do Brasil. Por exemplo, olho ali para a estante e vejo vários livros de Plínio Salgado, alguns com dedicatória para familiares meus; lobrigo igualmente os obrigatórios volumes, para qualquer queirosiano que se preze, do embaixador Dário Moreira de Castro Alves; e, ainda, várias obras de Plínio Corrêa de Oliveira. Por outro lado, já pude ouvir com atenção D. Bertrand, Príncipe do Brasil, aquando das suas vindas à outrora Capital do Império, e até trocar algumas palavras com ele, e gostei das suas ideias.
    Saudações Culturais Lusíadas!

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