Coube à Itália a fortuna de se tornar um apêndice privilegiadíssimo do Grand Tour, o périplo complementar da educação clássica que muitos membros das classes dminantes empreendiam, desde fins do Século XVII, mas com predomínio na centura de Setecentos. Mais em Inglaterra, porém o hábito de redigir um relato dessa viagem estendeu-se, como os casos emblemáticos de Goethe e Taine demonstram, em épocas diferentes. Procurava-se compensar a aridez da pura erudição que estiola, disponibilizando uma atractividade tangível capaz de fazer a ligação dos restos veneráveis da Antiguidade a pessoas de carne e osso, portadoras, à custa de algum pitoresco, do condão de abrir vistas e sensibilidades que os alfarrábios, o desporto e os serviços religiosos deixassem na sombra.Porquê a Itália, em vez da Grécia, ou da Palestina? Muito pelo domínio Turco que afligiu estas últimas e pelo semi-barbarismo que se lhe seguiu, mas também pelo apelo das gentes e da alegria de viver transalpinas. Transplantando para os nossos dias, a "Bota Mediterrânica" manteve o seu magnetismo, embora mais como anti-depressivo sem contra-indicações e evasão das opressivas condicionantes da rotina e do clima. Razão mais do que bastante, na hora de desanuviamento, para proporcionar um momento de escapismo, através daquela Barbara de que tanto gosto, dedicando «Gare de Lyon» ao Miguel Vaz, por todas as razões e mais uma.
Que Barbaridade!
Coube à Itália a fortuna de se tornar um apêndice privilegiadíssimo do Grand Tour, o périplo complementar da educação clássica que muitos membros das classes dminantes empreendiam, desde fins do Século XVII, mas com predomínio na centura de Setecentos. Mais em Inglaterra, porém o hábito de redigir um relato dessa viagem estendeu-se, como os casos emblemáticos de Goethe e Taine demonstram, em épocas diferentes. Procurava-se compensar a aridez da pura erudição que estiola, disponibilizando uma atractividade tangível capaz de fazer a ligação dos restos veneráveis da Antiguidade a pessoas de carne e osso, portadoras, à custa de algum pitoresco, do condão de abrir vistas e sensibilidades que os alfarrábios, o desporto e os serviços religiosos deixassem na sombra.Porquê a Itália, em vez da Grécia, ou da Palestina? Muito pelo domínio Turco que afligiu estas últimas e pelo semi-barbarismo que se lhe seguiu, mas também pelo apelo das gentes e da alegria de viver transalpinas. Transplantando para os nossos dias, a "Bota Mediterrânica" manteve o seu magnetismo, embora mais como anti-depressivo sem contra-indicações e evasão das opressivas condicionantes da rotina e do clima. Razão mais do que bastante, na hora de desanuviamento, para proporcionar um momento de escapismo, através daquela Barbara de que tanto gosto, dedicando «Gare de Lyon» ao Miguel Vaz, por todas as razões e mais uma.
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Bem sei que vai com dedicatória Tua para o muito Nosso Miguel Vaz, mas eu meto e bedelho e digo: grande postal, belíssima canção!
ResponderEliminarAbraços a Ambos!
Valentes 'eRRes' bem carregadinhos como a chanson requer e reclama — superiores mesmo aos da saudosa Mireille Mathieu nesses "Les Yeux D'Amour" que ainda há pouco escutava emocionado (bons tempos que eu não vivi — ainda sou novo o suficiente para o reinvidicar!...)
ResponderEliminarMas mesmo uns 13, 14 anitos acima do escalão do Miguel Vaz, esta escapava-me!
Agradeço-lhe, por isso, do coração, a partilha, meu Caro Paulo!
Venham mais destas.
Um Grande Abraço do Japão,
Luís Afonso
Obrigado, João. Em durando eu e o blogue, mais pérolas barbarescas virão.
ResponderEliminarMeu Caro Luís Afonso,
A excelência da Mireille era patente em muitas interpretações mais estimáveis do que a recriação de «La Vie en Rose» que a fez muitofalada. Regozijo-me por ter apreciado esta Menina, é uma das minhas consolaçõrs face ao mundo cruel que rodeia.
Abraços
A parte do taxi é que estraga um bocado o projecto
ResponderEliminarRudolfo Moreira
Caríssimo Paulo,
ResponderEliminarPerante tão simpático gesto, tenho que agradecer, não só o belo tema desta Barbara que desconhecia, como especialmente a dedicatória final. Acrescento que a minha viagem foi feita mais no espírito de «complemento à educação» do que na moderníssima perspectiva de evasão à rotina. Só é pena a jornada ter sido tão curta.
Meu Caro Rudolfo,
ResponderEliminarvale que o trajecto é curto.
Caríssimo Miguel,
mas estou certo de que fizeste uma simultânea nos dois tabuleiros.
Abraços