Fonte Revisitada

Deglutição de rara conferência de um Mestre Integralista hoje menos falado. Necessariamente breve, como convém a uma peça proferida em público, esta resumida prelecção continua mais actual do que muito do que, mais desenvolvidamente, noutros lados, foi escrito sobre o tema. Claramente aderindo ao Estado Novo, não hesita em sublinhar que a construção corporativa então alardeada pelo regime como resultado se encontra num estado de mera potência, que não de efectiva realização.


E não se fundamenta num saudosismo romântico da sociedade limitada pelos estamentos, em que a força das Corporações era o factor de equilíbrio face a poderes de outras classes, antecipa o que hoje por hoje é uma evidência, a necessidade de regulação pública do preço justo e de disciplina das actividades, como maneira de combater o escancaramento à invasão (ò clarividência!) da produtividade asiática e ao consumismo sempre instável, com as crises que acarreta.


Além do mais, tem palavras proféticas quanto ao descaminho de uma sociedade em que a educação secundária fosse deixada ao Deus dará e em que a célula familiar cedesse às investidas liberalonas que dela sempre fazem um alvo. Também pela preocupação com a Família, gostaria de dedicar um folheto que tanto gostei de ler ao meu Querido Amigo e Jovem Camarada João Marchante.

7 comentários:

  1. Pela descrição este vai para a lista de leitura - de cabeceira. Abraço, Caro Paulo.

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  2. Caríssimo Camarada e Amigo Paulo:
    Belíssima evocação deste Fundador e Mestre Integralista - infelizmente muito esquecido, hoje, até por aqueles que se dedicam a investigar o Movimento do Pelicano.
    Possa este Bisavô dos meus Filhos ser inspirador para Eles.
    Forte Abraço!

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  3. Pela qualidade merece-o, Marcos Amigo. Pelo tamanho, não parará lá muito tempo, salvo para relaitura, a qual, como Borges decretava, é o que importa.

    Simeão Pinto de Mesquita era Excepcional Figra, Meu Caro João. E achei que tomar como pretexto a Descendência Dele para a publicação de um singelo post seria maneira menos desajeitada de O homenagear, como proveitosa aproximação para quem a Ele se inicie.

    Abraços

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  4. Caro Paulo Cunha Porto,
    Sou um leitor regular deste blogue, como já o era do seu 'Misantropo'. Este postal, trazendo à actualidade, por forma a surpreender-me, o meu saudoso e muito querido Avô materno e padrinho,com quem muito convivi e que foi uma das pessoas que mais me marcou, não me podia deixar indiferente ou calado. Se não tiver a publicação dele chamada 'Unidade e Permanência da Revolução Mundial',conferência feita aos estudantes de Coimbra, em Março de 1928 e reproduzida em separata em 1937, terei muito gosto em lhe enviar uma cópia por e-mail. É só dizê-lo para o meu endereço fcmoncada@sapo.pt. Bem-haja. Francisco Cabral de Moncada

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  5. Meu Caro Francisco Cabral de Moncada,
    que alegria, este contacto com um Descendente Directo do Grande Simeão Pinto de Mesquita!
    Era Figura muito Grande e claro que agradeço com toda a força de que sou capaz a gentil oferta que me anuncia, pois, realmente, não possuo essa obra.
    Já agora, consegue localizar na lembrança de Amizades do Avô, o destinatário da dedicatória?

    Permito-me enviar um forte abraço

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  6. Meu Caro Paulo Cunha Porto,
    Fiz uma pequena busca para tentar identificar o destinatário da dedicatória, mas sem sucesso. Partindo do pressuposto de que se trata do nome 'João L. Gomes' julguei poder ser da família do contemporâneo e conhecido António Luíz Gomes (1898, 1981), do Porto, filho, ao que parece, único, do conhecido político republicano com o mesmo nome (1863, 1961). Contudo a consulta do site 'genea' foi sem resultado (não há nenhum João Luíz Gomes desse tempo). A minha Mãe também não se lembra de alguém com esse nome. Finalmente, entre as fotografias autografadas de condiscípulos do curso jurídico de 1906-11, em número de cerca de 50, também não há nenhum João...Gomes.
    Próximamente farei chegar ao João Marchante, para que este lhe possa entregar, na primeira oportunidade, uma cópia da publicação de que lhe falei.

    Com um forte abraço,
    Francisco

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  7. Meu Caro Francisco Cabral de Moncada,
    muito obrigado pelo trabalho sherlockiano a que Se entregou! Não parece provável que a Família do Contemplado possa esclarecer, já que quem vendeu a biblioteca não deverá alimentar interesse de maior por estes assuntos.
    Muitíssimo obrigado pela encantadora oferta! E quando teremos de novo o gosto da Sua presença no Almoço das Quintas, desta feita em dia desprovido de greve ferroviária?
    Abraço forte

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