A esquerda e a dívida

No seu registo implacável habitual, Vasco Pulido Valente escreveu hoje no «Público» que "o pensamento da esquerda (se a palavra se aplica) sobre a crise da dívida deixou de ser inteligível. O PS, o PC, o Bloco e companheiros de caminho vão vertendo a sua indignação numa “língua de pau”, para que não há entendimento, nem resposta." Segundo ele diz acertadamente, para as esquerdas ficará sempre intacta a teoria das forças do mal", explicando que "a grande vantagem desta visão do mundo está, como no  estalinismo, na indefinição dos conceitos. “Neoliberalismo”, capitalismo “selvagem” (ou “de casino”) e “especuladores” são insultos, não são ideias. Por pura inutilidade, não se discutem insultos, que só servem para melhorar o senso de virtude de quem insulta. A esquerda gosta disto e julga, como de costume, que é a voz da razão. De resto, desde o princípio que viveu de espectros."

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