Quer o Materialismo epidémico que nos ameaça que a crise reprodutiva nacional se prenda, unicamente, com as dificuldades materiais. Claro que estas contam e como, mas épocas houve de dificuldades maiores e as pessoas não pararam de gerar filhos. Porque nutriam talvez a secreta esperança de que os vindouros produziriam um Mundo melhor. Por sentirem o dever de continuidade da heranças que elas próprias eram, mesmo que nada mais tivessem para transmitir. Pela correspondência a um dever religioso que contava, de crescer e multiplicar-se. E, também, como consequência da mais radical infirmação da impotência, que é conseguir dar uma oportunidade a Outro. Talvez tenhamos sido muito mimados, ao ponto de não conseguirmos aguentar as agruras e obstáculos da vida. Mas parece haver mais do que isso: a indignidade evidente da maioria dos condutores da coisa pública, a investida contra a Família, pela sua banalização, como com o esbatimento da relevância da Culpa nos divórcios ou o alargamento desfigurador do conceito desse grupo a reprovadas minorias que não têm, naturalmente, hipóteses de fazer filhos. Permanentemente acossados por constantes e diversificadas diminuições do mínimo com que lhes garantiram poder contar, sem lideranças ou ideias para admirar ou defender, vendo uma contínua erosão do refúgio que era a concepção familiar, que restará senão conformar-se com o que julgam o final? Para uns, o da fuga, noutros, a precipitação suicidária, talvez para a maior parte, o arrastamento sem fim, quer como término, quer como objectivo, enquanto os ossos forem aguentando.
Fim da Estrada, de Svetoslav Stoyanov
bem me parecia que as águias é que estavam a dar cabo do caminho
ResponderEliminarIrrelevantes já somos, agora estamos condenados à extinção.
ResponderEliminarBeijinho Querido Paulo
Finis Lusitania?...
ResponderEliminarAb
Tiago
Meu Caro Rudolfo,
ResponderEliminarpelo contrário, é preciso um olho como os das ditas paa encontrar dele a ponta por que se pegue!
Querida Ariel,
já me vi mais inconformado com o caso. Talvez o melhor seja virarmo-nos para as lições da Natureza e transpor a aceitação dos ciclos de vida para as nações.
Meu Caro Tiago,
depoisde termos chegado ao que chegámos, caso será para dizer que o Defunto não merece grande vela...
Beijinho e abraços