O Futuro Radioso

Depois do execrado Relvas dizer que se sentia sem força anímica, vêm os oposicionistas ironizar com equivalente estado no tocante ao Governo em geral, por o não substituir de imediato. Faz sentido, sendo o demissionário a Alma Danada do elenco, o esvaziamento do fôlego podia ser visto como factor extensivo à equipa inteira, embora a exclusão de uma vitalidade maligna devesse ser dada como positiva.
Há muito que a incapacidade de conduzir o País não me surpreende, mas a mediocridade das alternativas externas e cá dentro deixaram de me prover ao menos com o consolo da razão do meu desgosto permanente com a coisa pública, ao ponto de já me deprimir até o impulso de comentá-la. O mais provável é o Mal estar tão entranhado em nós próprios que a própria esgrima dos pontos de vista enforme somente um reflexo pouco cintilante dessa manifestação maior em que nos tornámos. Hoje acordei assim, lembrando-me de Julie Zenatti e uma canção em que se demonstra que há quem tenha perspectivas de prosperidade cada vez mais prometedoras...

3 comentários:

  1. rudolfo moreira10/04/13, 13:54

    tem de se reconhecer que é um post enxofrado

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  2. Que o maluco/a terá força anímica para integrar aquela nave de loucos à deriva? e tem razão Querido Paulo, é difícil não nos sentirmos deprimidos a comentar a desgraça que diariamente nos entra pela porta dentro.
    Beijinho

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  3. Mas espero que pelo ambiente que temos de atravessar, não pelo que de si exale, embora lhe receie a falta de imunidade, Caro Rudolfo.

    Querida Ariel,
    a aparência de mero desabafo é, quero-o e gostaria de crê-lo, ilusória: aquilo para que tento alertar é a intencionalidade da diabolização, no sentido pré-teológico do termo, que designava a acção de dividir. E, como terapia, também a identificação do germen dela que seja encontrável na própria formulação dos nossos pontos dfe vista.

    Abraço e beijinho

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