Imagens Deformadas

O Jornal germânico que se pretende Espelho veio chamar a Beppe Grillo «o homem mais perigoso da Europa», presumivelmente por pretender não pactuar com as partidocracias que conduziram o Continente à decaída condição a que chegou e que Berlim pensa ser um património a conservar, sabe Deus com que interesse que não seja o seu. É vício antigo. Quando Alguém se opõe à marcha europeia orquestrada pela Filarmónica da Chancelaria, lá lhe colam o rótulo do perigo. Quando a Rainha-Mãe Isabel recusou o acolhimento no Canadá durante a Guerra por não aceitar que as Filhas fossem sem Ela, rejeitar ir sem o Rei e estar Certa de que o Soberano nunca deixaria o País, Hitler também disse ser «a Mulher mais perigosa da Europa». É mais do mesmo. Que têm em comum um heterogénio artista e a mais ortodoxa Realeza? Escapar à lógica dos partidos e à planificação imposta da Alemanha. Por imprecisa que fosse, a velha frase de Miguel Esteves Cardoso, segundo a qual, em tempos, os Alemães quiseram ser mais Fascistas que os outros e inventaram o Nazismo e agora querem ser mais Democratas que todos e impõem estas tutelas que eternizem partidos gastos e desmascarados tem total cabimento.
                                                   Pastora Alemã, de Miguel Oldenbourg

6 comentários:

  1. Fabulosa ilustração, está lá tudo. Como disse Yung, Wotan personifica a alma alemã, um factor psíquico de natureza irracional, um ciclone segundo ele, que varre para longe a zona calma onde reina a cultura. Temo que isto não vá acabar bem. De novo.

    Beijinho Querido Paulo

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  2. Claro que me refiro a Jung..., nem sei quem é o yung...:)))

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  3. Querida Ariel,
    realmente, só a Chanceler Merkel para nos acenar com um happy ending que, vindo de onde vem, estará longe de ser apetecido. No ponto que aqui me trouxe, sobressai a total ausência de dúvidas quanto à(s) estrutura(s) pela(s) qual(ais) embicam, como solução, bem como a ausência de escrúpulos em estendê-la arogantemente a outrem e em verberar os desconformes.

    Beijinho

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  4. Happy ending, na perspectiva Alemã, claro. E mesmo isso está (cada vez mais?) longe de estar garantido...

    Ab
    Tiago

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  5. rudolfo moreira18/03/13, 16:18

    a foto é de uma Merkel mais magrinha que a que eu conheço

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  6. Meu Caro Tiago,
    sabendo-se da semântica que essa expressão anglo-saxónica possi no âmbito massagístico, ganha novo relevo o que se retira das intenções respectivas e a quem está reservado o prazer...

    Amigo Rudolfo,
    não ia tão longe na personificação, mas pode ser uma exortação ao apertão de cinto dali proveniente, ehehehe.

    Abraços

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