A Arma Branca

Gosto do nome Revolução Branca, por parte da alvura, que não pelo lado da filiação no motim. O Branco reúne todas as cores, dispensa branqueamentos pleonásticos e evoca heranças tão apelativas como a do Estandarte Português pré-Liberal ou o movimento estudantil Rosa Branca que, sem violência, se opôs ao Hitlerianismo, anunciando-lhe o fim, mesmo se à custa do sacrifício dos seus próprios mentores. É na criatividade do protesto, expressa na declaração do número fiscal dos governantes e já elogiada na imprensa Britânica, que reside a força decisiva da sua redenção, intervenção bem diversa da gritaria medonha de passadistas cantarolas pseudo-subversivas entoadas sem arte nem limpeza. Tenho visto algumas almas cuidadosas ecoando receios quanto à desconformidade da coisa com a Lei, como que alinhando na caracterização espatafúrdia que o P-M faz da minoria não-ordeira, contraposta à imensidão que o aturaria. Não percebem nada: mesmo se o aparelho de Estado lhes dá uma legalidade, tornou-se evidente a inexistência de uma legitimidade, aqui sim, passada com armas e bagagens para o lado revolucionário. Por Razão e Justiça, o voto em partidos nunca deveria legitimar. Mas as Pessoas embarcaram no esquema, enquanto tiveram a barriga forrada. No momento em que a coisa muda e em que, desajeitadamente, a tirania partidocrática obriga à serventia num totalitarismo fiscal sem eira nem beira, a classe dirigente está condenada. Espera-se é que as Gentes percebam que a questão não depende de outros partidos, mas da extinção deles, única maneira de honrar o activismo destas bolsas de redistência à tempestade opressora.

3 comentários:

  1. rudolfo moreira23/02/13, 11:48

    e como é branca dá para ver se tiver nódoas

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  2. Querido Paulo, isto está tudo a esboroar-se, agora até o homem de Goldman Sachs veio demarca-se desta gentinha...

    Beijinho

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  3. Meu Caro Rudolfo,
    nem sei, de tal forma a nossa atenção está retida pela enorme e negríssima mancha que é o somatório das decisões governamentais...

    Querida Ariel,
    mesmo ciente das malfeitorias dessa institução financeira, que admira? Nunca o homem de ouro do nome dela se pode confundir demasiado com os de lata que cá intermedeiam.

    Beijinho e abraço

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