Palhaços de lá e de cá


Leio hoje no Público, pasquim cujo único mérito é escrever em português, que há 50 anos suspendia-se a construção de um colégio no distrito de Viseu porque o projecto encontrava inspiração no Palácio da Alvorada, em Brasília. Segundo quem assina o texto, uma Marisa Soares, "as linhas curvas de Niemeyer eram consideradas arrojadas demais para um país em ditadura". Pois é... mas já não foram demasiado arrojadas para esse modelo de liberdade e de democracia que foi/é o comunismo, sobretudo na sua vertente estalinista, tão acarinhada pelo arquitecto brasileiro há poucos dias falecido. Na sanha de conspurcar Salazar e o Estado Novo essa rapaziada já ultrapassou todos os limites do ridículo. O deles, claro está.  Coitaditos, até dão pena. Em vez da veleidade inútil de ousar desferir coices para cima de um grande Homem morto, que dedicou a vida a construir, sugiro a jornalista e colegas escrever sobre os homúnculos ainda vivos e que há 38 dedicam-se a destruir física e espiritualmente Portugal.  Refere ainda a articulista pública que graças a um decidido grupo de estudantes a construção foi retomada e as ditas curvas niemeyerianas mantidas "de pé". Ao pintar a lenda negra da ditadura estado-novista a Marisa deixa muito a desejar. Tanta Pide, tanta repressão e, no entanto, meia dúzia de miúdos desobedece a decisão da autoridade competente e faz o que lhe dá na gana! Como era mole essa dita! 

8 comentários:

  1. Caro Marcos

    Nunca, como agora, fomos tão conduzidos e controlados pelo estado. Para além disso, a orientação do pensamento politicamente correcto induz as massas numa apetência para a fórmula copy-past.

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    1. Mas até que podiam introduzir alguma novidadezinha no famigerado copy-&-paste... Mas não! Não conseguem pensar nem um segundo!
      Abraço.

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  2. É mais do que claro nos dias que correm que o "Diário de Notícias" e o "Público" são jornais com células de extrema-esquerda infiltradas nas redacções...

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    1. na verdade é mais a existencia de OUTROS jornais com células de extrema-direita infiltradas (mas estes gostam de virar as costas ao seu jardim escavacado e criticar o jardim do vizinho - coisa tipicamente portuguesa; mas VIVA O TRADICIONALISMO!!!)...*enfim*

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  3. Meu Caro Marcos,
    claro que não se podia tratar de uma Ditadura, porque esta é um expediente comissarial de poderes reforçados e duração limitada a que recorrem as Democracias, enquanto que o Estado Novo se queria mais durável, embora, de facto, pouco mais que vitalício e indexado aos anos de vida de Salazar.
    Penso que o sentido útil da expressão se deve encontrar num desabafo - os opositores, despeitados e nem aguentando ouvir o nome da Situação, repetiam melancolicamente:
    «a dita... dura!».

    Abraço

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  4. Pois é, Caríssimo Paulo... E o que agora "dura", na intensidade e na longevidade, só que para dissolver, é a partidocracia.
    Abraço amigo!

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