PAN! (Breve nota eleitoral)

Acabamos sempre por matar aquilo que amamos, dizia Oscar Wilde.
Lembrei-me dele enquanto revia os resultados eleitorais lendo o post do Miguel sobre os pequenos partidos, e me detive no PAN - Partido dos Animais e da Natureza, que obteve 57 641 votos. Apesar de tudo, não é preciso exagerarmos: o número não representa muito. Mas é o suficiente para relembrar o velho Augusto de Castro, que em tempos escreveu um artigo intitulado Os Tezos, que iniciou com a seguinte frase:

«Portugal é o unico país do mundo em que se pégam bois de cara.»

O resto do texto descai para uma interpretação da psicologia portuguesa, e análise da situação política da época. Tem interesse para quem se interessar.
Mas para o leitor que não me conhece, desejo apenas sublinhar: sou daqueles que preza muito a exclusividade. E por isso acho necessário relembrar a velha lição do escritor irlandês. Acabamos sempre por matar aquilo que amamos? Sim, Oscar Wilde tinha razão.

3 comentários:

  1. Meu Caro Lourenço, Bem-Vindo!
    Tinha esta para enfiar na caixa de comentários desse postal do Miguel, mas vai mesmo aqui: não esqueçamos os 2,67% de votos em branco, paradoxalmente a maneira mais significativa de, comparticipando no sufrágio, recusar um cheque em branco a quem quer que seja.

    Abraço

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  2. Parabéns ao PAN e às cinquenta e sete mil seiscentas e quarenta e uma almas que tiveram a CORAGEM de votar com o CORAÇÃO.
    ...não fui uma delas, helás...

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  3. Um partido com umas carinhas larocas no tempo de antena, vazio de ideias, e voilá, 50.000€ anuais na continha...

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