Das Redes aos Golos

Nem me pronunciarei sobre o facto curioso de o cavaleiro andante da quixotesca ceuzada contra a maré absurda da imposição homossexual dar pelo diminutivo pouco adequado de Gigi. Quero apenas deixar expresso o repúdio total pela insensatez de tentarem impedir pelo Steua de Bucareste a contratação de quem bem queira. Se não deseja ter invertidos na equipa, está no seu pleníssimo direito, ora! Até porque não é uma equipa que tenha como entidade patronal a Comissão Europeia. Além do mais, pode perfeitamente adoptar-se uma linha de defesa das preocupações do líder do clube romeno que sublinhe o facto de que, sendo o Futebol um desporto de contacto, a utilização de atletas para o mesmo sexo virados poderia proporcionar proximidades abusivas que aos demais repugnassem, o que prefiguraria uma modalidade de acção íntima não-consensual. Um conflito de direitos, portanto, se fosse no Basquetebol, ainda passaria, mas assim... Há, no entanto, mais: a supra-mencionada predilecção pode perturbar o desempenho dos jogadores: se ficarem fascinados por colegas e adversários que se movam no campo, podem perfeitamente, sob essa excitação extasiante, ver prejudicada a concentração no esforço para levar outra água - a da equipa - ao seu moinho. E nem falo de casos declarados de batota, presumivelmente minoritários, como seria o favorecimento de algum adversário que lhes caísse mais no goto, através da abstenção do empenho em contrariá-lo. Mas o pior de tudo está nas «disposições expressas» que as altas instâncias pedem ao emblema do País dos Cárpatos, para contrariar a reputação homofóbica, trata-se de uma descarada sugestão de estabelecimento de quotas gay. Como se vê, já estivemos muito mais longe de ver a homossexualidade como obrigatória. Num único ponto parece haver sintonia com as rejeições tradicionais - os alegados perseguidores dessa orientação, através de tratos vários, queriam que os entusiastas dela vissem as estrelas. O oficialismo mentecaptamente igualizador de hoje em dia pretende somente que eles vejam uma única, pois não é outro o significado do nome da colectividade em questão.

5 comentários:

  1. Meu Querido Paulo, desculpará mas essa Sua argumentação não difere da tomada pelos lideres religiosos dos bons costumes da Arábia Saudita, quando expulsarem recentemente dois cavalheiros cheiros de bom aspecto porque poderiam perturbar sexualmente as mulheres sauditas....!!!
    Beijinho

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  2. Querida Ariel,
    não consigo ver o paralelo, porque aqui pretende-se que os artistas da bola não defraudem a entidade patronal e não imponham contactos forçados a quem com eles não os quer, enquanto que os imigrantes da Arábia estavam ali, com as suas eventuais qualidades, deixando toda a iniciativa ao arbítrio da freguesia do Reino, fosse a empregadora, fosse a aproveitadora...

    Beijinho

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  3. Pois é, meu Caro Paulo, qualquer dia lembram-se de impôr quotas de 'bichas' (homosexuais nunca terão faltado) nas equipas de futebol! E o maior problema que eu antevejo nem é o da degradação do espectáculo por eventual falta de concentração por parte deles no ofício, se fascinados com algum latagão em campo. Estou a pensar é nas intermináveis discussões com os árbitros sempre que não concordem com uma falta assinalada, tornando o ritmo do jogo exasperante, bem como nas comemorações dos golos... ainda que da equipa adversária!

    Um abraço

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  4. rudolfo moreira27/04/13, 14:06

    os segundos sentdos implícitos de cada vez que lhes falarem em grande área prometem

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  5. Ehehehehe, Meu Caro Pedro. E imagine o Amigo a perversão s/m que pode estar subjacente num desses cavalheiros que calhe a enrabichar-se... pelo árbitro!

    Meu Caro Rudolfo,
    mas não poderá ser contraproducente, em termos de antevisão de intensidades?!!

    Abraços

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