Tomar Partido

Que o Ministro Relvas não pára de assombrar o Pessoal é verdade facilmente constatável, quer no sentido de espantar a sua permanência nas cadeiras e corredores do Poder, quer no do estigma que comporta qualquer ligação mais próxima à sua pessoa. Prova-se abundantemente o enunciado pela divisão da Assembleia Municipal de Tomar a propósito da proposta de destituição que os opositores votaram e do bloqueio levado a cabo pelos seus apoiantes. É certo e sabido que a aproximação da Primavera pode induzir à imitação dos ritos sazonais de paragens mais frias, onde se queimam as ervas para favorecer as sementeiras, julgando aproveitar os restos de neve para obstar a propagações de incêndios. Mas a fundamentação deixa-me abismado: então, se o motivo invocado é o homem não pôr lá os pés, quererão convencer-nos de que ainda há quem esteja ansioso pelo convívio com o detestado político?

5 comentários:

  1. rudolfo moreira01/03/13, 14:13

    chegou-me a arrepiar a ideia de um novo recruta com cartão partidário

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  2. Tomar Partido?
    ROMA para o novo papa, estados pontifícios de volta já....

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  3. Tem toda a razão Querido Paulo, ehehehe, o pessoal devia até estar agradecido....

    Beijinho

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  4. Scala Jacobi02/03/13, 14:18

    É sobejamente explícito que da motivação colectiva à opinião mais isolada, há indesejado(s) que o são, de facto, ou seja, que se recolham então à sua (falta de) natureza. Não deve brincar aos planetas e constelações quem trava lutas infindas no seu interior por temor destes mesmos. Como tal, dão-se por inúteis, obsoletos, altamente questionáveis e ridículos os "ritos sazonais" que - para quem sabe LER - apenas servem o propósito de leis vazias com fundamentos vápidos e promulgadas por indivíduos cuja vaidade, secreta ou manifesta, escandaliza a mais vaidosa criatura; e em extensão, apenas servem ao arrastar de obscurantismos supersticiosos que em nada ajudam ninguém e nunca trouxeram a ninguém nada de bom. A resolução é a maior das presunções, e por feder a falsidade, acusa a corrupção interior. Só não entende quem está em negação. Também para isso há remédio.

    Sintra ficou coberta de neve. Para quem impingiu escuridão, a Natureza os arrefeceu. Que ninguém se atreva a desafiar o Poder Maior.

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  5. Não havia por quê, Meu Caro Rudolfo, só referia mesmo a momentaneamente fraccionada Cidade Nabantina, aproveitando para homenagear Jorge Ferreira, Que, na blogosfera, deixou memória saudosa, apesar das diferenças.

    Não é, Querida Ariel?
    Eu cá, no lugar dos deputados Municipais Tomarenses calar-me-ia muito bem caladinho, não fosse o político em questão lembrar-se daquele compromisso e aumentar a assiduidade...

    Scala Jacobi,
    o problema é o de todas as imitações face aos originais: a queima de Relvas em questão respeita somente ao poder menor, que poderia e deveria ser ofendido, caso não se revelassem contraproducentes e, pela própria ausência inspiradora do visado, propiciatórias de esterilidade, em lugar da fecundidade almejada.

    Beijinho e abraços




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