Assentos de Trás

Cá voltamos ao mesmo... Tenho a sólida convicção de que a Sexualidade de cada qual deve ser irrelevante para a Política e que a melhor maneira de garantir essa condição é não a publicitar, como assunto reservado que deve ser. A partir daqui, quando alguns homossexuais optem por se manifestar em grupo, entrincheirando-se nessa duvidosa solidariedade e em carpir perseguições sentidas, muitas vezes com risível ultra-sensibilidade, tenho de concordar com o grande Lech Walesa, na preocupação com o facto de lhes serem dadas tribunas de onde dirijam o ataque constante para imporem as suas propagandeadas opções à tranquila aceitação dos demais. No instante em que optem por alardear esses gostos têm de, humildemente, submeter-se à rejeição dos que os rodeiam, porque o género em que se esfrega é dependente da vontade, não uma característica anterior a ela, como raça ou insuficiências físicas. Não lhes dar confiança implica mantê-los na defensiva e não oferecer-lhes de mão beijada as vantagens do ataque, de cada vez que entendam serem os seus gostos dignos de competir com preocupações mais prementes no condicionamento da Comunidade. Numa coisa, porém tenho de divergir do Patriarca da Política Polaca: acho que a dignidade do paralamento o torna um antro muito adequado a albergar os activistas destas matérias...
                                               O Domador de Ursos, de Paul Richmond

2 comentários:

  1. rudolfo moreira05/03/13, 15:03

    a primeira palavra do título ficava melhor com um cê

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  2. É conforme a tónica que se dê à traseira, Meu Caro Rudolfo, é conforme a tónica que se lhe dê.

    Ab.

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