Questão de Cismas

O último Papa a resignar tinha-o feito para ajudar a pôr fim a um cisma, Bento XVI, com a inesperada decisão, põe muito boa gente a cismar. Contra Íntimos e estranhos recusei, tão consistentemente quanto consegui, contrapor o Papa Bom, o Bem-Aventurado João Paulo II, ao Papa Mau, o Germânico que tinha sido Ratzinger, Compatriota de Hitlers e outras Merkels. A minha devoção pela Memória do Anterior Pontífice chegou ao ponto de marcar o meu casamento para o dia da Sua festa oficial. Mas sempre tentei valorar devidamente o brilho do Sucessor na Definição da Fé consubstanciada em extraordinários documentos, os quais, aliás, continuavam o labor desenvolvido como "Pluma" do Santo Padre vindo da Polónia. Também exultei com a por Si promovida  recuperação pela Igreja de Irmãos que se haviam afastado da linha oficial Dela nos últimos quarenta e tal anos. Mas não posso calar as diferenças que vejo. O Papa sente o peso da Responsabilidade e que a saúde Lhe não permite assumi-La como gostaria. Como não confrontá-Lo com O Que antecedeu, tendo penado sob o jugo Marxista, as balas terroristas e a ofensiva cultural da hegemonia Capitalista até ao fim, com o corpo, aparentemente, mais deteriorado, num arrastar da Sua Cruz, sem cedência às sereias que O tentavam com o repouso? O Papa Bento tem a minha simpatia, pela humildade com que reconheceu não continuar à altura da Herança de Pedro. A minha admiração fica reservada a Quem a Ela Se dedicou completamente até ao fim terreno. Que o Espírito Santo inspire o Conclave Eleitor, não duvido. Mas está escrito em algum lado que faça outro tanto, quanto a uma renúncia? Nesta Quaresma que deixa, durante algum tempo, um pouco órfãos tantos Cristãos, comprometo-me a não engrossar as claques por este ou aquele "Papável", jogo bom para jornalistas, mas distracção fatal da centralidade da Mensagem do Salvador. 

7 comentários:

  1. o pAPÁ bENto agradece a tua simpatia

    e como qualquer católico pode ser papa

    o papá bento dá o seu apoio à tua candidatura

    habemus papa von paulus

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  2. Recentemente denunciou o liberalismo e os excessos do capitalismo selvagem, o que conjugado com esta resignação, acabou por suscitar a minha simpatia, eu que antipatizava violentamente com ele.

    Beijinho Paulo

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  3. N a sequência, de resto, do Pontificado anterior, Querida Ariel. Eu aconselharia os que com Ele não simpatizam a lê-Lo. Mas claro que é possível que a isso, doravante, não seja já dada importância de maior.

    Beijinho

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  4. Quando ontem ouvia na Euronews o anúncio do Papa, saltou-me à cabeça este post (no seguimento de outros de Fevereiro do ano passado) do Pedro Arroja:
    O PAPA PROTESTANTE

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  5. Belo comentário, a fugir dos clichés maniqueistas que pulularam nas ultimas horas. Ab., FA

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  6. Meu Caro Pedro,
    o postal que linka é interessantíssimo, embora eu conteste a parte da implícita superiorização Protestante das Escrituras, pois o que caracteriza a Reforma e seus epígonos é a sagração apenas da interpretação pessoal e sem amparo Delas...
    O Papa Resignatário foi profundamente conciliar, por Se ter tentado paroxisticamente conciliador, mas para um e outro dos lados, não apenas para o do chamado Progressismo Cristão, uma prática desastrosa que diminuiu a Igreja e só começou a ser emendada com a eleição de João Paulo II...

    Abraço

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  7. Obrigadíssimo, FA, seria bom que se enveredasse por um esforço de tentar pensar as coisas sem os negativismos e negações de facção, julgo eu.

    Abraço

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