Às Armas!

Rebentou a desorientação dentro do Executivo Obama, quanto à maneira de combater o perigo da má utilização das armas, já que só andar completamente aos papéis pode justificar duas reacções transtornadas, o SOS público para que sejam dadas ideias e a entrega do estudo de medidas ao Vice-Presidente Biden! Mas mesmo quem prefere acção às palavras, como as autoridades de New York, escolhe caminhos muito duvidosos, já que oferecer prémios pecuniários pela entrega do armamento não deverá levar a uma redução da aquisição dele, mas ao incremento de furtos e roubos de exemplares da dita mercadoria. Baseio-me no contraciclo constatável na explosão de compra das mortíferas ferramentas, após o triste episódio de Sandy Hook, em que aumentou desmesuradamente a procura dos perigosos brinquedos. O caso tem transbordado para os mais diversos cantos do Mundo, veja-se a Tailândia a a aconselhar aos professores o uso de coletes à prova de bala, o que se justificará pela preocupação com o mimetismo, mas não achará fundamento de maior nos quadros mentais próprios do País. Volto à minha, são as obsessões desde cedo instiladas nos adolescentes dos States, com a massificação produtiva e a exagerada cobertura pelas televisões a assumir o papel de aura, que escancaram a porta a eventos similares. E a pletórica proximidade das armas claro que é um sarilho, ou não fosse essa a palavra consagrada para designar uma série de espingardas de pé e apoiadas!
               O Último Canhão, de Antoine Joseph Wierz

2 comentários:

  1. Não estou por dentro do jogo político americano, talvez por isso não compreendo porquê que o meu Querido Amigo qualifica de desorientação as iniciativas de Obama para começar uma pequena "revolução", porque é disso que se trata, se é que alguma coisa irá avançar. O Biden não está à altura da tarefa? Já a iniciativa de New York me parece descabelada, mas em terras do Tio Sam as balizas da bizarria são muito elásticas.

    Beijinho Paulo

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  2. Querida Ariel,
    Que iniciativas? Perguntar ao vento o que deve fazer? Faz-me lembrar o Dr. Gaspar, quando pediu aos membros do Paralamento que lhe dessem alguma «»ideia mega-fantástica» que evitasse as medidas duras... Com a diferença de que isso era um desafio a alternativa ao rumo insensível mas escolhido que assinara. Enquanto este inquérito público informal é uma vacuidade para entreter.
    Uma das várias grandes desilusões desta Administração foi não ter feito coisa que se visse neste campo, mesmo tendo maiorias enormes da sua cor nos dois primeiros anos do mandato que finda e possuindo, nessa altura, um Presidente cheio de popularidade que se podia impor à considerável porção de renitentes congressistas Democratas em sede de restrições armamentistas.
    Biden atingiu o seu nível de incompetência. Funcionou muitos anos como Senador pelo Delaware, porque, eleito inicialmente graças a uma imagem de proveniência de fora da sujeira da Política e sendo um milionário, coisa importante e estimada naquelas paragens, despertou simpatias ao sofrer um acidente trágico que lhe acarretou uma tragédia familiar, bem como com alguma capacidade de levar dinheiro federal para o seu pequeno Estado. Ao chegar a VP passou a item de anedotário, com a sucessão de gaffes da ordem e o embaraço constante do Patrão, ao ponto de se ter pensado substituí-lo, por Hillary, nomeadamente. Só que esta já anda a pensar noutros voos...

    Beijinho

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