Entre As Brumas da Memória...

A decisão INPIedosa de recusar o nome proposto Memórias de Salazar a um vinho da região de Santa Comba é uma bebedeira de patetices, desde a motivação ao pseudo-português em que vem expressa. Com efeito, diz-se por lá que o Estadista almejava doutrinar obrigatoriamente a população. Claro que o que os redactores de truz queriam dizer era que Ele pretendia obrigar a População à (observância da) sua doutrina, mas como pescam tanto da Língua Pátria como de História e de Política, o que disseram é que o antigo Governante desejava comprometer-se com a doutrinação das gentes, o que é verdade, mas não parece passível de motivar o indeferimento. No entanto, nem tudo é mau: estes figurões percebem de Lógica! Antes que os meus Leitores Se indignem, passo a explicar: o que eles vedaram, por contrária à Ordem Pública do dia, é a noção de Memórias de Salazar, confessando, sem constrangimentos, ser essencial às imposições que nos espartilham a Amnésia colectiva no que Lhe toque. Inteiramente de acordo, qualquer lembrança séria do Presidente do Conselho sublinha, com um traço indelével, a insignificância mentecapta de semelhantes burocratas ávidos de agradar aos que ocupam hoje a cadeira do Poder e dá estes últimos como sendo da mesma cuba de tais serventuários.
                                                       O Copo de Vinho, de Vermeer

2 comentários:

  1. rudolfo moreira30/11/12, 15:30

    eles só queriam evitar um grande aumento no consumo de alcool

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  2. Chega a ser delicioso escutar a escumalha declarar que é o oposto do Sábio do Vimieiro. E que tudo que faz é o contrário do que Aquele fazia. Pobrezitos! Têm carradas de razão. Forte abraço Caro Paulo.

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