Tiradas À Sorte

Uma eleição é sempre um jogo de azar, no qual a Fortuna só por excepção pode bater à porta. Mas não é mau que uma eminência parda (como o dia) desta desgovernação, ainda que seja um desbocado como o Doutor Borges, o venha reconhecer. Diz que temos uma «sorte enorme» por sofrermos a Sangria à Moda de Gaspar, precisamente o adjectivo com que o elogiado reconheceu a voracidade confiscatória das tributações com que nos arrumou. O caso poderia ser apenas, mais que do elogio mútuo de circunstância, a retribuição de um encómio há dias expelido pelo Ministro das Finanças, por alturas da célebre ignorância imputada aos Empresários discordantes. Mas, a haver mais, este dueto da corda quereria à viva força que nos contentássemos em comer trevo, na esperança de, como o felizardo Gastão, por detrás de um de quatro folhas, encontrarmos soluções para a vida? Pus-me a pensar se seria assim tão bafejado. E descobri o que o Economista esbanjador de palavras queria dizer. Sortudo não era o nome do gato da série televisiva «ALF, UMA COISA DO OUTRO MUNDO»? Por conseguir não ser comido pelo extraterrestre felinófago, como, mas só no sentido denotativo, ainda vamos alcançando, face a este par des aliens que nos dá caça.  Mais um prego para o nosso caixão, com a desculpa de visar prender-nos ao pé a ferradura, a pretexto de ser talismã. Nada que espante, consequências que são duma tal Revolução de Cravos...

4 comentários:

  1. Ai ai, Querido Paulo, o quê que a "revolução dos cravos", mesmo tendo em conta as nossas diferentes abordagens, tem a ver com estas famigeradas criaturas?:))

    Beijinho

    ResponderEliminar
  2. Ora, Querida Ariel, quem é que as fez?
    No tempo do Doutor Salazar nem para porteiros, sem desprimor para estes, Que são uma Profissão muito digna.

    Beijinho

    ResponderEliminar
  3. Essa famigerada criatura bem podia estar caladinha...ou então, passar a ministro efectivo, para vermos do que era REALMENTE capaz (ou não...)

    Ab
    Tiago

    ResponderEliminar
  4. Meu Caro Tiago,
    eu cá, compreendendo como o cavalheiro se sente no Mundo Real, tipo peixe fora de água, preferia vê-lo regressar à Universidade de cujas aprovações se manifestou tão zeloso...

    Abraço

    ResponderEliminar