A União Faz a Forca

Não costumo discutir prémios, porque acho que cada qual tem o direito de dá-los a quem muito bem queira. Mas, quando as notícias laboram em equívocos, já não posso ficar calado. A União Europeia não é aquela que foi concebida pelos criadores da CECA. É antes uma seca que tornou a Paz, no cristianíssimo sentido de Comunhão, inexistente entre os povos por ela oprimidos, como demonstra todo o santo dia a reacção do Grego comum ao domínio germânico. Os políticos que fizeram o ideal europeu dar os primeiros passos conseguiram, realmente, uma pacificação, eliminando a eterna animosidade, latente ou notória, no duo franco-alemão, fazendo dele a parelha que puxasse um aprofundamento integrador, por passos concrectos e sectoriais. Mas esses pacificadores nada tinham a ver com o método que fez surgir a posterior União, ignorante da necessidade de bases sólidas, parcelares e graduais da construção e arrogantemente padronizando a eito, a partir de cima. Como se vê, o resultado foi a miséria para os mais fracos, quando as realizações da CEE, em diversas fases, tinham vindo a traduzir-se num aumento do bem-estar. Para nós e outros que tais tudo se resume a uma descrição expressiva que prescinda da cedilha do enganador lema com que nos procuram enganar e que revelei no título que nos acorda, ao mostrar como nos condenaram à corda que sentimos estreitar-nos o pescoço, nesta hora da abertura do alçapão.
De Pisanello:

3 comentários:

  1. Muito boa meu Caro Paulo! Esta "união" faz mesmo a "forca" dos que estão sob o seu jugo. Pena é não haver "forcados" para agarrar a besta pelos cornos e derruba-la de uma vez por todas. Abraço amigo.

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  2. Já ninguém liga muito aos critérios para atribuição dos prémios Nobel da Paz, que não passam de "encomendas". Este ano então chega a roçar o cinismo...

    Beijinho Paulo

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  3. Pelo contrário, Caríssimo Marcos, temo que este e outros desabafos não passem de um estertor dum Povo prestes a parar de balançar pela pior das razões...

    Querida Ariel,
    foi o Parlamento Norueguês a tentar limpar-se de os seus Representados terem recusado aderir a semelhante aberração.

    Beijinhos e abraço

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