Fica dito pela voz de quem sabe

Para lá dos feriados religiosos, só há duas datas nacionais: o Dez de Junho e o Primeiro de Dezembro.
Para mim, é data nacional toda aquela que engrandece Portugal.
O resto são epifenómenos ideológicos.

Marcello Duarte Mathias, Diário de Paris, Asa, Lisboa, 2006.

1 comentário:

  1. Absolutamente d'acordo com este depoimento. São dois dos dias mais marcantes da nossa Gloriosa História: um, o dia da Raça (não, não me enganei, o que esta designação adoptada e bem pelo anterior regime, queria/quer exactamente dizer é que esse era/é o dia em que a alma portuguesa vibra e se expressa em toda a sua grandeza, o dia em que um povo milenar se sentia/sente sumamente patriota e profundamente orgulhoso da terra onde nasceu) e muito apropriadamente também chamado "de Camões" porque foi este nobre patriota quem, através da sua insuperável grandeza poética, elevou a língua e cultura portuguesas ao nível do sublime; o outro, o dia que assinala a recuperação da nossa querida e temporàriamente perdida independência.

    Portugal não está à venda e as suas datas histórico-religiosas mais marcantes também não podem estar. Estas duas datas que nos honram sobremaneira, para além de outras de carácter religioso que um povo crente como o nosso não dispensa, foram sempre rigorosamente respeitadas e condignamente celebradas até há cerca de quarenta anos. Os desgovernantes 'democratas' que temos a triste sina de suportar, cada vez lhes prestam menor atenção desvalorizando-as perante os portugueses com o único fito de os desmotivar. Os vende-pátrias e traidores não se conformam com celebrações emblemáticas desta natureza e porque odeiam tudo o que lhes cheire a patriotismo, farão os possíveis e os impossíveis para suprimi-las do calendário. Mas não o hão-de conseguir.

    Os países vivem não só mas também, das suas tradições históricas/culturais/religiosas e estas perduram pelos séculos porque os povos, considerando-as tão sagradas quanto a língua e a terra que os une e os identifica, comungam geração após geração da mesma veneração. Sem aquelas estes diluir-se-ão.

    Mas os apátridas que se desenganem, os portugueses que o são verdadeiramente jamais o consentirão. Se por hipótese absurda um dia isso estivesse para acontecer, todos os que lhe estivessem na origem seriam os primeiríssimos a desaparecer.
    Maria

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