Qual Peçonhento!

Nunca fui entusiasta de bruxarias, nem de terapêuticas que a Ciência estivesse renitente em validar, salvo, como anti-depressivo, algumas bebidas alcoólicas, entre os aborígenes Americanos apodadas de Grande Medicina. Todavia, essa prioridade à investigação e ao experimentalismo laboratorial não me cega ao ponto de evitar reconhecer que uma descoberta caucionadíssima pela Ciência tinha sido precedida por convergentes intuições, quer das poções da Feitiçaria, quer das formas arcaicas de vacina e fortalecimento da civilização Ameríndia.
A polivalência das propriedades da pele do sapo é que mais me espanta e me faz assimilá-las à panaceia hiperbólica produzida pelos caldeirões mágicos: 70 doenças por elas tratáveis são pretexto suficiente para uma generalização universalista do remédio. Espera-se é que, identificados os princípios activos, a sofisticação da Química contemporânea consiga produzir sintecticamente substâncias paralelas, de modo a que não se caia em mais uma inflicção de sofrimento a bichos inocentes, para nosso proveito e conforto.
E, no entanto, alegoricamente, a constatação era previsível: no pântano da incapacidade em erradicar o Cancro, onde nos atolamos, a capacidade de os batráquios nele se moverem alegremente, saltando de folha em folha, faria antever que o caminho seria por eles indicado.
Espera-se é que outra forma de egoísmo coevo, o do exagero da função lucrativa das farmacêuticas, não leve a pôr no mercado a preços obscenos o que a Natureza disponibilizou gratuitamentte.

2 comentários:

  1. Croach,
    digo protesto!
    Rudolfo Moreira

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  2. Ah Ah Ah!
    e, com o mediatismo que o servidor homónimo e figuras televisivas tipo Cocas dão, é um ampliadíssimo coaxar dos ofendidos.

    Abraço, Rudolfo Amigo

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