Brutalidade de Fundo

Não fiquei desiludido com as revelações da mais recente violação tentada pelo Sr. Dominique Strauss-Kahn, porque jamais tive em grande conta o personagem. Só o Dr. Sarsfield Cabral, com a boa vontade Evangélica que o caracteriza, para acreditar que a presidência do FMI pelo concernido poderia dar-lhe «um cunho mais humanista». Nem falo do facto de o sujeito não ser de confiança e dizer sem controlo o que acha que à custa doutros lhe pode render simpatias, como quando acusou Ségolène Royal de beneficiar do sentimento anti-semita, por ele, Lang e Fabius, seus adversários, serem Judeus. Ou quando, para Francês ouvir e chauvinisticamente se deleitar, declarou a realidade Grega recente como a mais mal-cheirosa possível, por «o desporto nacional Helénico ser não pagar impostos». Também passo sobre as aventuras extra-conjugais, apesar das dúvidas emergentes quanto à seriedade. Chamo à pedra, sim, o completo desrespeito pela vontade alheia que caracterizou algumas delas. Kennedy e Clinton tinham reconhecidos problemas em manterem as calças no sítio, mas, além de os eleitores gostarem deles, não precisaram de forçar no campo íntimo quem quer que fosse. É que não é a primeira vez que este indivíduo prevarica, dando a esfarrapadíssima desculpa de um erro de percepção quanto à disponibilidade das visadas. Ora, o meu receio é que adopte idêntica metodologia nas funções públicas e acabe a nossa Pátria por sair ferida da coisa, como a empregada do hotel do episódio mais recente.

10 comentários:

  1. É o sentimento de impunidade próprio de quem não está habituado a ver as suas indicações recusadas. Vamos ver até que ponto este acontecimento terá impacto nas sondagens francesas. Abraço!

    ResponderEliminar
  2. Essas creio que, para ele, arderam, Meu Caro Miguel. Pelo PSF, o Sr. Hollande fica com o caminho livre para disputar a nomeação a M. Aubry.

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. O homem nunca me causou simpatia, a expressão facial dele transmite brutalidade. De facto é como bem diz Querido Paulo, para Kennedy e Clinton, tanto quanto sabemos, as mocinhas eram todas aberturas, mas com este é de fugir a sete pés....

    Beijinho

    ResponderEliminar
  4. Querida Ariel,
    Pobre Anne Sinclair, Pessoa por Quem até tinha respeito, profissionalmente falando, antes desta razão do coração de todo vedada ao conhecimento da Razão.

    Beijinho

    ResponderEliminar
  5. Meu Caro Paulo, bem lembro da simpática Sinclair nos telejornais... e do antipático marido ministro do malandro Mitterrand. Se não se trata de um "set-up", está a ser muito bem aproveitado. Briga de família, creio.
    Forte abraço!

    ResponderEliminar
  6. O sujeito não presta mesmo, Meu Caro Marcos. Mas além de Sarko ficar, aparentemente, com mais folga, François Hollande é que se "safa muita bem" com esta confusão toda. E, a prazo, até o tenho na conta de adversário mais perigoso para o actual Presidente. Resta saber se a filha de Monsieur Dellors está pelos ajustes.

    Abraço

    ResponderEliminar
  7. Assusta-me a sua conclusão, Paulo. De facto, criados já somos, com todas as vulnerabilidades associadas. Acresce que talvez nos falte a dignidade necessária para apresentar queixa de eventuais abusos... :-S

    ResponderEliminar
  8. E pior, Querida Amiga, uma Justiça expedita que nos atenda!

    Beijinho

    ResponderEliminar
  9. Ó Paulo, respeito e simpatia pela sra. Anne Sinclair? Que foi sempre a vanguarda do ódio mediático à FN, de tal forma que o Rivarol lhe chamava Haine Sinclair?
    Francamente, meu amigo...

    ResponderEliminar
  10. Meu Caro Átrida,
    quantos pivots não serão alvos das mesmas queixas por parte da FN?
    Eu cá não me meto nessas aversões partidárias, apenas dou conta de que me agradava a vivacidade e a cobertura dos programas noticiosos que ela apresentava.

    Abraço

    ResponderEliminar