Dois pormenores

Segundo informa uma recente publicação da Fundação Gulbenkian sobre a vida e a obra do ilustre coleccionador arménio, os trustees da instituição, convencidos de que Salazar não estava disposto a respeitar as disposições testamentárias do Senhor Calouste, tomaram as devidas precauções. Além disso fica-se a saber que no dia 25 de Abril de 1974 "a pacífica Revolução dos Cravos" derrubou a "ditadura" que durante meio século "atrasara" Portugal. Seria interessante que a instituição presidida pelo Senhor Rui Vilar esclarecesse: 1) como foi possível aos trustees impedir que o "ditador" Salazar fizesse o que lhe apetecia relativamente ao projecto; 2) por que raio de razão é que o magnate eurasiano escolheu justamente o Portugal "atrasado" pela referida "ditadura" para viver os últimos treze anos da sua vida e criar a sua Fundação.

4 comentários:

  1. Sobre essa obra de arte no boneco, diz que Salazar quando a viu disse: "O Gulbenkian não está muito bem, mas o Perdigão ficou parecido".
    Ora aí tem sobre os trastis.
    Cumpts.

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  2. As luminárias do regime nunca perceberão que a desconfiança que Salazar nutria por Azeredo Perdigão, que considerava um «Vermelhusco» nunca o fariam cair na batota, porque era, além de um Génio, um Formalista.

    Abraço, Meu Caro Marcos

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  3. Caro Bic, essa é muito boa! O arménio, provavelmente, enviou uma foto ao artista... o Azeredo Perdigão é que deve ter feiro umas sessões no atelier.
    Abraço!

    Exactamente, Caro Paulo. E basta ler a nutrida correspondência entre o Presidente do Conselho e o Embaixador Marcello Mathias em Paris, para aquilatar-se do rigor das negociações. Abraço!

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  4. Postal genial, Grande Marcos! Deus queira que muita gente que eu cá sei o leia... Embora muito provavelmente de seguida assobiem para o lado...! Aproveito ainda para saudar igualmente os didácticos comentários dos Ilustres Bic e Paulo.
    Abraço Todos.

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