A Defesa das Fugas

Não sou como o Ministro Santos Silva que se refugia na impropriedade da abordagem de conteúdos de documentos confidenciais para se eximir ao incómodo de outras fugas. E dou de barato que as opiniões do Embaixador Americano sobre as fragatas holandesas sejam sintoma de puro despeito exalado pelo representante de um concorrente preterido, como tranquiliza o General Loureiro dos Santos.
Sobre os submarinos, a referência à ausência dos mísseis parece revelar uma certa ignorância por parte do diplomata, as principais utilizações deles para nós prendem-se com o auxílio à vigilância e o aumento da eficácia de treino de forças anti-submarinas, sem o qual ficaria a área marítima, territorial e de exploração económica, completamente desprotegida. Sugiro , aliás a leitura de um ponderado estudo sobre o tema, publicado pelo Contra-Almirante Miguez Chagas. Por outro lado, finda a razão de ser combatente de Portugal, com retiradas africanas e capitulações a interesses determinados por burocratas supra-nacionais, até aceito que se costarriquize o País, eliminando as Forças Armadas, desde que se assuma abertamente a opção.
Há porém um ponto em que o representante dos EUA tinha toda a razão: a bananesca abundância de oficiais superiores para o número de praças, que transformou uma das Nações mais antigas da Europa numa réplica da caricatura:

6 comentários:

  1. O quadro da banda desenhada cai como uma luva, Meu Caro Paulo. Que tristeza ver o fim bananeiro (ou bananesco) desta que foi uma vez uma grande Nação, Senhora dos mares, descobridora de 2/3 do mundo.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  2. Quando vi este ponto da reportagem do Expresso, lembrei-me logo deste trecho passado no pitoresco San Teodoros, e até falei do episódio ao meu pai. Pelos vistos, não fui o único.

    ResponderEliminar
  3. "Bananesca" é uma expressão feliz, para tão triste realidade.

    Beijinho

    ResponderEliminar
  4. Meu Caro Marcos,
    e quanto à estrtura sobredimensionada da oficialidade, parece-me que a Guerra de África, sempre apresentada como desculpa, vai tendo as costas largas. Há quantos anos se processou a liquidação ultramarina?

    Meu Caro João Pedro,
    Bem-Vindo! Sim, estamos em sintonia, se bem que eu hesite algo num ponto: com a conversa sobre os brinquedos caros, nem sei já se a comparação mais adequada seria com San Teodoros, ou, ao invés, com o inimigo fronteiriço dele. Nuevo Rico, não era?

    Querida Ariel,
    mas como sempre tento realçar, ainda mais do que por sermos uma República das Bananas, por nos termos tornado uma República DOS Bananas.

    Beijinho e abraços

    ResponderEliminar
  5. Precisamente, Nuevo Rico, presidido pelo venerável general Mogador, bastante mais estável que Alcazar & Tapioca.

    ResponderEliminar
  6. Estamos cercados de assimilações plausíveis, Meu Caro João Pedro.

    Abraço

    ResponderEliminar